domingo, 11 de março de 2018

ELEIÇÃO PRESIDENCIAL

Tudo indica que o radicalismo irracional irá prevalecer nas eleições do corrente ano.

A corrupção, a desordem e a insegurança atingiram níveis alarmantes que parcela expressiva da população chega a reivindicar intervenção militar o que seria um retrocesso em nossa evolução política.

Os extremos se afastam e não existe liderança com capacidade de exercer um poder moderador.

A justiça impediu a posse de uma deputada federal no Ministério do Trabalho sob alegação de ter sido condenada a pagar dívidas trabalhistas a dois ex-motoristas apesar de as estarem saldando. Até aí tudo bem!

Entretanto, na mesma ocasião, fechou os olhos para as declarações de um ex-ministro em prisão domiciliar incitando o povo a ir às ruas protestar contra o julgamento de Lula no TRF-4 e lutar contra a “ditadura da toga”.

Em vídeo sob o título “A luta em 2018”, o líder do MST apresenta o planejamento de suas mobilizações após o encontro da Frente Brasil popular em São Paulo que reuniu 88 organizações e partidos políticos. Preconiza a luta de classes na campanha eleitoral e a convocação de um Plebiscito Revocatório em 2019 para anular as resoluções dos “ golpistas”. Até onde vamos chegar?

O carnaval também foi aproveitado para acirrar os ânimos e a malhação dos Judas está chegando.

Ainda bem que a Copa do Mundo de futebol dará uma trégua nos antagonismos, ressentimentos e ódio.

O caos seria total se a nossa economia não desse sinais de recuperação após tantos anos de incertezas, descrédito, desemprego e má gestão governamental.

A honestidade não é, infelizmente, fator preponderante para a escolha  do candidato ideal.

Até agora, não apareceu qualquer pessoa que possa cativar a simpatia da maioria da população.

Outubro já está batendo na porta  e possíveis candidatos à faixa presidencial continuam indecisos. Alguns mudam de partido que também modificam suas siglas como passarinhos no poleiro.

Os intermináveis escândalos de desvio de dinheiro público, o Caixa Dois e novas delações premiadas serão exploradas pela mídia e nos debates abaixando a crista de muita gente. Quantos já ficaram pelo meio do caminho e outros deverão se juntar aos que estão na cadeia, em prisão domiciliar ou enrolados nas malhas da justiça.

Quem conseguirá  se libertar dos espúrios compromissos de campanha?

Neste ambiente indefinido, complexo e tumultuado, convém recordar as palavras do presidente Médici ao tomar posse em 1969: “Não uso critérios políticos ou regionalistas, não pago dívidas eleitorais que não precisei contrair, não tenho a vocação do favoritismo e da cortesia no exercício do meu dever e me declaro incompetente na mecânica da composição, do aconchavo, da barganha. Compromissos, só os tenho com a minha consciência e com o futuro do meu país”.

Quem terá condições de declarar algo semelhante em janeiro de 2019?

Esperançosos, resta-nos implorar a proteção divina para que as tempestades e furações previstos se transformem em naturais turbulências da vida nacional. Sem união não há conjunção de esforços em prol do tão desejado e necessário desenvolvimento.

DIÓGENES DANTAS FILHO
Coronel Forças Especiais/Consultor de Segurança.

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