quinta-feira, 11 de janeiro de 2018

Alteração da velocidade no Lago Norte é demagógica, antieconômica e antiecológica

Gilberto Schneider
A medida é demagógica, antieconômica e antiecológica. Demagógica porque os ganhos em termos de segurança, considerando a diferença de tempo de reação e de distância de frenagem, são pouco significativos. Além do mais, os poucos acidentes que ocorrem na EPLN (DF-009) em sua absoluta maioria nada tem a ver com a velocidade da via. Análise técnica das causas de tais acidentes deixaria evidente que a medida tomada - redução de 70 para 60 km da velocidade -seria absolutamente incapaz de evitar qualquer dessas ocorrências. Quem anda em alta velocidade onde o limite é 70, com mais razão deixará de respeitar o limite de 60. A medida é antieconômica porque tomará mais tempo do cidadão em deslocamento improdutivo e, principalmente, aumentará o consumo de combustíveis, pois afasta ainda mais a velocidade da faixa de maior eficiência dos motores dos automóveis. A redução da velocidade implica em redução de marcha (quem andava em 6ª marcha é obrigado a andar em 5ª), o que indiscutivelmente aumenta o consumo de combustível dos Veículos. É antiecológica, pois, ao aumentar o consumo de combustíveis, aumenta na mesma proporção a emissão de poluentes. Cumpre lembrar que a DF-009 é classificada pelo DF como RODOVIA, o que nos obriga a andar com os faróis permanentemente ligados, aumentando o desgaste de lâmpadas e baterias, medida inócua e também antieconômica. A alegação, veiculada na imprensa, de que a medida foi solicitada pela população do Lago Norte é, no mínimo, improcedente. Se houve, tal solicitação deve ter partido de alguns moradores, provavelmente ciclistas, que não receberam mandato e não representam a maioria dos moradores que são amplamente contrários à medida. Praticamente todos os moradores do Lago Norte usam a EPLN para se deslocar para o trabalho em seus veículos e, com exceção de poucos prestadores de serviços locais (jardineiros e piscineiros), ninguém usa bicicleta para ir ao trabalho.  A medida, teoricamente, privilegia o lazer de meia dúzia de ciclistas, em detrimento da maioria da população do Lago Norte.

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