domingo, 3 de dezembro de 2017

BLINDAGEM DE VEÍCULOS

Os criminosos se fortaleceram tanto que nem mais respeitam as Forças Armadas que se encontram no Rio de Janeiro em cooperação com as organizações policiais para combatê-los.
Os tiroteios continuam na Rocinha e em outras comunidades carentes vitimando inocentes.
As Unidades de Polícia Pacificadora (UPP’s) são atacadas sistematicamente sendo uma verdadeira afronta à autoridade.
Os resultados têm sido pífios nos confrontos contra os bandidos.
O tráfico  de drogas acabou de expulsar dois PM do Posto Comunitário na Ilha  do Governador e de destruí-lo integralmente.
Ninguém mais acredita nas antigas promessas de “virar o jogo” contra a violência.
Em 26 de outubro, o Coronel  Comandante do Batalhão de Polícia Militar (BPM) no Méier morreu ao reagir a um arrastão e seu carro descaracterizado mas não blindado, foi perfurado com 19 tiros de pistola.
Os Direitos Humanos insistem na defesa da tese de que os criminosos são cidadãos mas esquecem de apoiar aos familiares dos 120 policiais que tombaram no cumprimento do dever, somente no corrente ano, em defesa da população carioca.
Os altos índices de criminalidade nas grandes metrópoles levaram as pessoas de posse a blindarem seus veículos.
Em 2003, existiam 22 mil automóveis com esta proteção e, em 2013, já passavam de 120 mil.
No Rio de Janeiro, houve um aumento de 12% em relação a 2016 e cerca de 13 mil deles estão rodando. A procura não para de crescer e já atingiu os 16%.
Nosso País é o atual líder mundial no mercado de blindagens. Não é motivo para comemorar porque retrata a nossa melancólica situação de insegurança generalizada. Mas o negócio é lucrativo!
A proteção sobre o impacto de fuzil não é comercializada. O nível máximo autorizado, III-A, permite suportar tiros de todos calibres de armas de mão, incluindo pistolas de 9mm e a magnum 44.
Os vidros temperados têm 20mm de espessura e resistem até 5 tiros em área de 20 cm².
Os pneus são especiais e, mesmo furados, podem  continuar rodando por vários quilômetros .
Blindar um carro é uma atividade complexa e exige sua total desmontagem mantendo-se somente a lataria, o motor e o painel.
Em consequência, o custo é bem elevado podendo superar a próprio valor de aquisição. O preço médio é de R$ 45 mil.
É desaconselhável a blindagem de veículos com motores inferiores a 1.6 porque o peso acarretará significativa perda de potência.
A escolha da empresa é de vital importância  para realização do serviço.
A manutenção também é cara, 20% superior a de seus congêneres.
A burocracia para liberação é grande e demorada, sendo controlada pelo Exército.
O único retorno do investimento está na segurança que, assim mesmo, é relativa.
Com o passar dos anos um carro blindado vale até menos do que um carro similar sem “armaduras”, porque seus desgastes também são bem maiores.
O aumento de peso do automóvel gera um incremento no consumo de combustível e maior desgaste nas peças, principalmente na suspensão, freios e pneus.
Com as atuais dificuldades econômicas, não há condições de blindar viaturas dos que estão sujeitos a alto risco no cumprimento de suas missões.
Porém, é inadmissível que jornalistas com míope visão do problema critiquem tal uso nas referidas condições.
Se o carro do Comandante do BPM fosse blindado ele não morreria e, provavelmente, os quatro marginais que o balearam já estariam no espaço.
Agora, continuam sendo procurados com diligências onerosas, o disque-denúncia estimulado e, quando presos, ainda teremos de pagar suas estadias na cadeia e o salário prisional. Só mesmo aqui!
E os bandidos glamourizados estão rindo à toa, debochando das forças de repressão sob a proteção dos Direitos Humanos, da ultrapassada Lei da Maioridade e do obsoleto Estatuto da Criança e do Adolescente. Só perdem quando morrem...
DIÓGENES DANTAS FILHO- Coronel Forças Especiais/Consultor de Segurança.

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