terça-feira, 30 de julho de 2013

Colunista lambe-botas do tucanato paulista tenta desacreditar família Sarney


Por Said Barbosa Dib*

Na noite passada (29/07), a coluna preconceituosa do lambe-botas do tucanato paulista, Augusto Antunes, da Veja, repercutindo matéria insólita de domingo de Reynaldo Turollo Jr, da Falha de S. Paulo, publicou artiguete intitulado “A galeria da blasfêmia”, tentando ridicularizar a família Sarney e desmoralizar a Fundação da Memória Republicana, com trechos chulos e irresponsáveis como estes (destaques nossos):

“Para abrigar alguns badulaques e quinquilharias que lembram a passagem do patriarca pela Presidência da República, a Famiglia (sic) que há 50 anos suga, sangra e sufoca o Maranhão decidiu criar a Fundação José Sarney. Para que a entidade se instalasse num endereço à altura do poderio do clã, o mais ilustre maranhense expropriou o Convento das Mercês. Foi assim que uma relíquia da arquitetura colonial virou sede do bando (...).

A descoberta do acervo de maracutaias que reduziram um convento a cabaré secou a cachoeira de donativos suspeitíssimos e verbas federais irregulares que sustentavam a Fundação (e engordavam as contas bancárias dos novos proprietários, começando pelo senador do PMDB promovido por Lula a Homem Incomum). Em vez de correr atrás do prejuízo, o pai da governadora ordenou que a conta fosse repassada aos moradores da capitania hereditária. E Roseana Sarney incorporou ao patrimônio público a instituição privada em apuros."

Em primeiro lugar, o senhor Augusto Nunes deveria ser menos preconceituoso com o povo do Maranhão e se informar melhor. Não pega bem falar em “50 anos que suga, sangra e sufoca o Maranhão”. Isto é mentira, simplificação e desprezo com o povo do estado. José Sarney governou entre 1965 e 1970. Roseana, em dois governos seguidos, entre 1995 e 2002 (não vamos considerar o atual). Foram os períodos mais fecundos em termos de desenvolvimento efetivo do Maranhão. As realizações foram tão substanciais que a população passou a associar “bom governo” aos “Sarneys”. 

Senão, vejamos os fatos:

Governo José Sarney (1965-1970)

José Sarney, no tempo em que foi governador, foi apoiado por esquerdistas de então, como Glauber Rocha (que fez campanha para o Sarney) e a chamada “Bossa Nova da UDN. Com um estilo próprio de governo – popular, dinâmico e modernizador -, recebia em audiências diariamente dezenas de pessoas dos mais variados setores da população e provocou, segundo Veja (11/3/70), uma “revolução na administração”, chamada de “milagre maranhense”. Os investimentos decuplicaram, aumentando em 2.000% o orçamento do estado, mudança que nunca mais viria a acontecer. O novo governador sabia que era necessário compensar anos de atraso provocado pelo “vitorinismo”. Por isso, foi construída a usina hidrelétrica de Boa Esperança, na fronteira sul do Maranhão com o Piauí, pela Companhia Hidrelétrica de Boa Esperança (Cohebe), que passou a fornecer energia a cerca de 40 cidades do interior dos dois estados e parte do Ceará. Ainda segundo Veja (4/2/1976), nos quatro anos da administração Sarney o Maranhão deu um salto: o estado pulou de zero para quinhentos quilômetros de estradas asfaltadas – e mais dois mil quilômetros de estradas de terra -. Criou-se, além disso, uma rede de telecomunicações cobrindo 85 municípios; elevou-se de um para 54 o número de ginásios estaduais e ampliaram-se de cem mil para 450 mil as matrículas escolares. No início de 1970, Sarney inaugurou, com uma assistência de cem mil pessoas, a ponte de São Francisco, sobre a foz do rio Anil, ligando a ilha de São Luís – onde fica a capital – ao continente. A construção da ponte já havia passado ao domínio da lenda, pois se estendera por vários governos. A construção do porto de Itaqui, a barragem do rio Bacanga e o planejamento da cidade industrial foram outras iniciativas. Por tudo isso, a oposição não se cansa de estrebuchar. Precisa sempre dos lobby´s preconceituosos da industria paulista para menosprezar o que é positivo para os povos do Norte e do Nordeste.

Governo Roseana Sarney (1995-2002)

A sucessora política de José Sarney, sua filha Roseana, mesmo tendo recebido menos recursos do governo federal nos quatro anos do seu segundo mandato, os resultados práticos da sua gestão são impressionantes, principalmente na área da educação, que é a mais importante quando se tem preocupação com a questão social. Pelos relatórios publicados pelo PNUD/IPEA, facilmente acessados pela Internet, no que se refere aos gastos totais com “Educação e Cultura”, de 1995 a 2002, período que correspondente aos dois primeiros mandatos da governadora Roseana Sarney (em valores da época), o Maranhão chegou muito próximo da universalização no atendimento do ensino fundamental. 96% das crianças de 7 a 14 anos passaram a freqüentar a escola. No Ensino Médio, o estado conseguiu uma expansão nunca antes registrada, quando a oferta de vagas foi dobrada. O número médio de anos de estudo, para a população acima de 25 anos, em 1995, quando Roseana Sarney iniciou o seu primeiro mandato, era de 3,2 anos. Em 2003, quando terminou o segundo mandato, já era de 4,3 anos de freqüência em salas de aula. Um aumento de 1,1 ano no período – índice maior do que a média de crescimento do Nordeste, que foi de 0,93 ano estudado. Em todo o Brasil, o Maranhão da “oligarca” Roseana ficou atrás apenas de Sergipe, que teve um crescimento de 1,32 ano de estudo. Quanto à urbanização, Roseana também se destacou bastante. Pelo percentual de pessoas que vivem em domicílios urbanos com serviço de coleta de lixo, em 1991, era de apenas 26,32% da população, passando para 53,25% no ano 2000. Aumento de 26,93%, sendo o estado que mais cresceu no período não só no Nordeste, mas em todo o País, neste aspecto. No Amazonas, por exemplo, com população concentrada em Manaus, a expansão foi muito inferior no mesmo período, saltando de 60,02% para 78,23%, um acréscimo de apenas 9,87%. Assim como na coleta de lixo e no caso do tratamento de esgoto, na escala convencionada pelo IPEA, de 0 a 1, verificando-se o percentual da população que vive em domicílios com abastecimento adequado de água, o Maranhão evoluiu de 0,31%, em 1995, quando Roseana Sarney assumiu seu primeiro mandato, para 0,54% no final de seu segundo mandato, em 2003. Uma melhoria de 0,23%. Foi o terceiro maior aumento entre todas as unidades federativas. Perdeu apenas para o Ceará e o Tocantins. O Ceará, governado pelos tucanos, foi um dos estados que mais recebeu ajuda de FHC nos anos 90. Por isso, passou de 0,45% em 1995 para 0.70% em 2003, uma melhoria de 0,25%, pouco mais do que o Maranhão. Pelos percentuais de pessoas ocupadas com carteira de trabalho assinada, segundo dados do IPEA, no período compreendido entre 1995 e 2002, o Maranhão passou de 0,29% em 1995, para 0,36% em 2002, tendo um aumento de 0,12%, disparadamente o melhor resultado de todo o Brasil no período – a média brasileira é de 0,04%.

Sarney x FHC: comportamentos muito diferentes

Em segundo lugar, antes de criticar o estadista José Sarney, Augusto Antunes deveria fazer uma necessária diferenciação entre a forma de agir do ex-presidente maranhense com o comportamento nada republicano do tucano Fernando Henrique Cardoso, cantado em verso e prosa pelo pseudojornalista da “sujíssima Veja” (royalties para Helio Fernandes). Diferente de José Sarney, que doou seu patrimônio pessoal para o Maranhão, quando poderia fazê-lo para qualquer outro museu da capital federal, o tucano-mor tomou outro rumo nada digno de um homem que foi presidente da República. Nunca é demais lembrar que, na edição 234, de 11 de novembro de 2002, a revista “Época”, com o título de capa “FHC passa o chapéu”, mostrou que o ainda então presidente da República tucano reuniu empresários para levantar R$ 7 milhões para ONG que bancaria palestras e viagens suas ao Exterior em sua aposentadoria. A revista mostrou que foi em noite de gala, dizendo: “Fernando Henrique Cardoso reuniu 12 dos maiores empresários do país para um jantar no Palácio da Alvorada, regado a vinho francês Château Pavie, de Saint Émilion (US$ 150 a garrafa, nos restaurantes de Brasília). Durante as quase três horas em que saborearam o cardápio preparado pela chef Roberta Sudbrack - ravióli de aspargos, seguido de foie gras, perdiz acompanhada de penne e alcachofra e rabanada de frutas vermelhas -, FHC aproveitou para passar o chapéu. Após uma rápida discussão sobre valores, os 12 comensais do presidente se comprometeram a fazer uma doação conjunta de R$ 7 milhões à ONG que Fernando Henrique Cardoso passará a presidir assim que deixar o Planalto em janeiro e levará seu nome: Instituto Fernando Henrique Cardoso (IFHC)”. A convocação de empresários para doar dinheiro a uma ONG pessoal do presidente, ainda com a possibilidade de assinar o Diário Oficial, constituiu o diferencial da atitude de ex-presidentes tão diferentes como FHC e José Sarney. O primeiro usou o Estado para benefício próprio para garantir suas viagens ao exterior, não para beneficiar o povo brasileiro. O segundo usou seu próprio patrimônio pessoal para beneficiar um dos mais importantes interesses públicos: a cultura. São formas radicalmente diferentes de se encarar a vida pública.

Senão, vejamos:

Museus de ex-presidentes: ao invés de enlatados culturais, esta seria uma boa idéia “ianque” a se copiar

Por Said Barbosa Dib*

Toda nação desenvolvida tem um ponto em comum inquestionável: o respeito, independente de ideologias e interesses específicos, aos seus líderes e figuras históricas, vistas sempre como exemplos a serem seguidos. Nos EUA o patriotismo e o amor pelas raízes históricas são quase obsessão. Lá é costume ex-presidente, por ter tido acesso a documentos históricos importantes, por ter participado ativamente de reuniões e eventos decisivos para a pátria, criar uma fundação com o objetivo de se preservar documentos e acervos históricos e catalisar na população o debate sobre temas importantes para o país. Esta tradição, mantida por quase todos os ex-presidente dos EUA, começou vinculada à criação da própria biblioteca do Congresso norte-americano. Criada em abril de 1800 para atender às necessidades dos deputados e senadores norte-americanos, a “Biblioteca do Congresso”, hoje a mais completa do mundo, teve seu destino alterado por força do acaso. Em 1814, tropas inglesas incendiaram o Capitólio, destruindo os 3 mil volumes sobre política, economia e história que compunham o acervo. Thomas Jefferson, terceiro presidente dos EUA e apaixonado por livros, ofereceu sua coleção com 6.487 exemplares, versando sobre arte, arquitetura, literatura, entre outros assuntos, por 23.940 dólares. Para isso, criou uma fundação, com o apoio do governo federal, para que fosse garantida a preservação e ampliação dos acervos. Hoje, a mesma fundação criada por Thomas Jefferson administra não só o acervo doado, mas toda a biblioteca. Tanto na França quanto na Alemanha é também costume ex-chefes de governo ou de Estado constituírem, sempre com o apoio do Estado, suas fundações, quase sempre localizadas em espaços cedidos pelos governos. Os exemplos são muitos, como a “Fundação François Mitterrand”, a “Fundação Conrad Adenauer”, a “Fundação Giscard Destaing”, etc. 

A “Fundação Sarney”: primeira experiência na América Latina

O primeiro e único presidente brasileiro que decidiu dividir seu patrimônio pessoal com a sociedade brasileira foi o também intelectual José Sarney, notoriamente envolvido com a área cultural há bastante tempo. Seguindo o exemplo de Thomas Jefferson – sem, ao contrário, ter cobrado nada por isso – criou a “Fundação Sarney”, primeira entidade cultural instituída nos moldes das bibliotecas presidenciais norte-americanas em toda a América Latina. Como centro de estudos e pesquisas políticas e sociais, está localizada no Convento das Mercês - até então quase abandonado e sem uma função definida que fosse à altura de sua importância histórica-, esta monumental obra da arquitetura religiosa mercedária foi inaugurada em 1654 com o “Sermão de São Pedro Nolasco, do Padre Antônio Vieira, que então fez a profecia, hoje realizada: “aqui tragamos nossas memórias”. Mas a Fundação não foi criada apenas para preservar e divulgar o acervo doado pelo ex-presidente. Ela é composta tanto pelo “Memorial José Sarney”, quanto pelo “Centro Modelar de Pesquisa da História Republicana”, para preservar dados de todas as presidências; pelo “Instituto da Amizade Latino-Americana” e pelo “Instituto de Amizade dos Povos de Língua Portuguesa”. Assim como o acervo de Thomas Jefferson se tornou a própria Biblioteca do Congresso norte-americano, as funções, o acervo e a importância da “Fundação Sarney” se ampliaram e, hoje, abarcam várias áreas de interesse do povo brasileiro e vem servindo, também, para o desenvolvimento do turismo e da cultura no Maranhão e, de lambuja, viabiliza a preservação do espaço histórico do convento.

O acervo e sua importância para o Maranhão e o Brasil

A Fundação promove, cumprindo seus objetivos, seminários, pesquisas, congressos, cursos, encontros internacionais; publica livros e documentos relacionados com a história política do Brasil, dos países da língua portuguesa e latino-americanos, bem como o estudo sistemático de problemas sociais e políticos. A Fundação abriga acervo, doado pelo Presidente Sarney, de 40.000 livros; e mais de 500.000 documentos; destes, 80.000 manuscritos; 70.000 recortes de jornais (clippings, charges, sinopses); 70.000 cartas enviadas de todos os quadrantes do País. O acervo audiovisual corresponde a 18 mil negativos, 1.500 filmes de 16 mm, milhares de slides, discos, álbuns fotográficos, 4.000 horas de fitas VHS e V-MATIC. Acervo museológico de 2.500 peças, arte sacra, esculturas, quadros e artesanato de vários países. Gravuras, mapas antigos, obras raras e manuscritos de grande valor, destacando-se os originais de “Espumas Flutuantes”, de Castro Alves, Sermões de Pe. Antônio Vienra, originais de Eça de Queirós, Jorge Amado, Odorico Mendes, Camilo Castelo Branco, Tomás Antônio Gonzaga, entre muitos. Tudo isso, um patrimônio que não está enclausurado, egoisticamente, como um patrimônio pessoal de um ex-presidente, mas como patrimônio histórico que está socialmente contribuindo com a identidade da sociedade maranhense e de todo o povo brasileiro. Em 2008, 137 mil pessoas visitaram a FJS e registraram seus nomes no livro de presença.

As lamentações dos derrotados e o ódio à cultura

Porém, há pouco tempo, com a “Fundação Sarney” em pleno funcionamento, por filigranas jurídicas que envolveram a transferência do usufruto do Convento das Mercês, setores minoritários e que nunca conseguiram se afirmar politicamente junto ao povo maranhense, procuraram inviabilizar a iniciativa do ex-presidente Sarney. Com base em argumentos simplistas e pouco esclarecidos do Ministério Público maranhense, tucanos do estado procuraram tirar proveito partidário que poderiam prejudicar o funcionamento de tão bela iniciativa cultural, desconsiderando, por completo, a necessidade de se separar interesses pessoais do interesse geral. A lei estadual, votada pela Assembléia Legislativa do Maranhão em novembro de 2005, durante o “governo” José Reinaldo, foi declarada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal no dia 19 de dezembro do mesmo ano, e baliza qualquer decisão futura da justiça.

* Said Barbosa Dib é historiador, analista político e, com muito orgulho, assessor de imprensa do senador Sarney.

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Camarotti e o papa


Todo repórter que se preza, mesmo afastado das redações, como é meu caso, vibrou com o furaço do jovem e talentoso Gerson Camarotti, entrevistando o Papa Francisco. O trabalho de Camarotti enche de orgulho o jornalismo brasileiro. Desde já, merecedor de todos os prêmios que apareçam ou já existentes. Covardia disputar com Camarotti. Registre-se a correção e delicadeza do Papa. Que poderia ter escolhido um repórter argentino, ou italiano, para conceder sua primeira entrevista. A entrevista foi magnífica. As respostas do Papa foram marcantes, profundas e dignas de aplausos e reflexões. O trabalho de Camarotti  serviu para mostrar aos telespectadores do mundo inteiro, que o Papa Francisco além de Santo, também é sábio. Que Deus continue iluminando Francisco!

Tailândia quer ampliar parcerias no PIM


O superintendente da Zona Franca de Manaus, Thomaz Nogueira, recebeu na SUFRAMA, o embaixador da Tailândia no Brasil, Tharit Charungvat. Em pauta, a possibilidade de instalação de novas empresas tailandesas no Polo Industrial de Manaus (PIM). Entre as possibilidades, o diplomata citou o interesse de uma empresa de autopeças do país que deve fabricar no Brasil, mas ainda não definiu em qual Estado vai instalar sua unidade. “Não tenho dúvidas que a Zona Franca de Manaus (ZFM) é a melhor porta de entrada para o Brasil”, frisou o superintendente durante a explicação sobre o funcionamento do modelo. Durante a apresentação, Nogueira detalhou a concessão de incentivos fiscais, a importância estratégica da ZFM para o País e as vantagens competitivas de se investir no PIM, como segurança jurídica e o positivo ambiente para se fazer negócios. Charungvat fez várias perguntas a respeito da questão logística e lembrou que ele e os membros da delegação pagaram R$ 3 mil, cada, na passagem aérea de Brasília até Manaus. O superintendente explicou os incentivos fiscais são justamente para minorar as dificuldades logísticas, ressaltando o trabalho do governo federal para superá-las e as soluções para quem quer atingir os grandes centros consumidores do Brasil, como os entrepostos da ZFM instalados em Uberlândia (MG) e Resende (RJ). “Apesar dessas dificuldades logísticas produzimos e entregamos em qualquer lugar do Brasil praticamente 100% dos televisores e motocicletas feitos no País e 60% dos telefones celulares”, observou Nogueira.

Interesse


Tharit Charungvat ressaltou que o Brasil é o parceiro comercial número um da Tailândia na América Latina - somente no ano passado, as exportações do Brasil para o país asiático movimentaram US$ 2,4 bilhões e as importações movimentaram US$ 2,2 bilhões - e que é interesse do país ampliar estreitar ainda mais as relações. Ficou combinado um novo encontro entre a SUFRAMA e a embaixada em São Paulo, onde reside o adido comercial da Tailândia no Brasil, Khamhaeng Klasukhon, que também esteve em Manaus. A delegação asiática foi ainda convidada a participar da próxima edição da Feira Internacional da Amazônia (FIAM), que ocorrerá em novembro deste ano, no Studio 5 Centro de Convenções.

O que acontece por aí...


Apoio e desagravo

Não é de hoje que falo e escrevo minha opinião sobre o ministro-presidente do STF. Repito: Joaquim Barbosa precisa respeitar os outros se deseja ser respeitado. Insolente e pseudo dono da verdade, o ministro Joaquim seguramente bem que tentou aparecer à custa da presença do Papa Francisco. Como o Santo Pontífice não lhe deu a mínima, resolveu ser grosseiro com a anfitriã maior da presença ilustre do Papa no Brasil, a presidente Dilma. Já o Sardenberg de tal, destaque no timeco dos patrulheiros, deveria ter deixado o frasco de mágoas e ressentimentos em casa, antes de sair para cobrir pela CBN a visita do Papa.  O mais grave, Gilberto, é que os medonhos e incuráveis patrulheiros infelizmente ocupam espaços preciosos na imprensa. Insistem em querer conduzir a opinião alheia. Autênticos paladinos de barro. Ora bolas, quem tem que julgar se o discurso de Dilma foi bom, ruim, curto ou longo, é o público, não o nefasto Sardemberg de tal.

Helena, quem te viu...

Helena Chagas mudou. Quem diria.  Quem nunca comeu mel... E o pai dela, grande e competente Carlos Chagas, continua o mesmo homem simples e atencioso. Tem hora que o DNA não pega. Não gruda. Comigo a agora ministra Helena Chagas também se fecha em copa. Jamais respondeu uma mensagem minha. Que horror. Que tristeza. Nunca quero nada. Nunca pedi nada. Chateia a gente. Helena deve pensar(?) que jornalista amigo e independente tem mesmo é que exaltar e defender Dilma e ponto final. Não é assim. A estrada da vida não tem mão única. Um belo dia, quem sabe, a vovó Helena aprenderá a lição. Voltará para o outro lado do balcão.  Lembrará, então, finalmente, que amigo verdadeiro não se compra na farmácia.  Que Deus ilumine os passos da Helena.

Dilma e Mônica

Algumas avaliações da entrevista de Mônica Bergamo com a presidente Dilma: quando fala em Lula percebe-se claramente a alegria e o alívio de ter o ex-presidente ao lado dela; Dilma não deveria desdenhar tão fortemente as pesquisas eleitorais, mas, de fato, as eleições estão longe. Tudo ainda pode acontecer. Vai depender muito dos resultados do trabalho dela, que tragam claros e evidentes benefícios aos brasileiros; Dilma acredita, sinceramente, que as manifestações populares serviram para acordar todos os setores apáticos do governo. Inclusive ela.

Tostão e ganso

Tostão foi bom jogador.  No Cruzeiro jogou com excelentes atletas como Dirceu Lopes, Natal, Piazza, Nelinho e Zé Carlos. Na Seleção, com craques como Gerson, Rivelino e o maior de todos eles, Pelé. Sozinho, sem a ajuda de jogadores de qualidade, Tostão seria apenas mais um. Não seria campeão do mundo. Hoje, Tostão não joga mais nem "pelada". Mas decidiu ficar pegando no pé do talentoso Paulo Henrique Ganso. Tostão entrou no timeco dos rebotalhos e ressentidos. Que nunca jogaram nem bola de gude. Críticos que jamais colocaram uma chuteira nos pés. Lamentável. 

Clamores do Papa

Agradeço ao Papa Francisco por pedir aos jovens que respeitem os idosos, lembrando que um dia serão um deles. O Papa clamou para que os jovens saibam tenham o bom senso de colher boas lições com a sabedoria dos mais velhos. Outra oportuna recomendação do Santo Pontífice: unidos, jovens e idosos, enfrentarão com destemor a gritante exclusão social que se alastra pelo mundo. O Papa Francisco não se esqueceu de repudiar outra praga universal, a corrupção. Traduzo em português claro as palavras do carismático Francisco aos ladrões do erário: parem de roubar. Tenham vergonha na cara. Sejam homens. Deixem de serem ratos e canalhas. Embora saibamos, infelizmente, que neste particular o Papa Francisco choveu no molhado.

quinta-feira, 25 de julho de 2013

O que acontece por aí...

Acadêmico Bernardo Cabral

Próximo dia 30 o ex-ministro e ex-senador Bernardo Cabral toma posse na Academia Carioca de Letras. Será saudado pelo acadêmico,  também membro da ABL, Murilo Melo Filho. Solenidade será na Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, ás 19 horas. O local seguramente ficará lotado, porque Bernardo é figura exemplar. Competente e fidalgo.

Quem poderá derrotar Lula em 2014?

Lula tem mesmo o couro duro. Cresceu, lutou, perdeu eleições, finalmente foi eleito, reeleito e elegeu a sucessora, Dilma. Lula pega paulada e vai em frente. É xingado, insultado, pisado, cuspido. Por vezes extrapolam nas pedradas e caneladas contra o ex-presidente. Lula levanta a cabeça, toma uma calibrada e segue lutando. Expõe o que pensa com incrível clareza. Magoa os pseudofranciscanos com suas verdades. Tem agendadas dezenas de palestras no Brasil e no exterior. Há um monte de vestais cortando os pulsos. Outros se irritam porque Lula não abre mão de ajudar, alertar, aconselhar, a presidenta Dilma. Plantam tolices de que Lula e Dilma estão brigados. Rompidos com os próprios neurônios estão o que espalham colossal sandice. Batem tanto em Lula e só vejo o homem crescer. Igual fermento colocado no bolo. O tempo passa mais rápido do que se imagina. E não vejo no horizonte ninguém que derrote Lula nas urnas em 2012 ou 2014.

Vicente Limongi Netto
Publicado no Tribuna da Imprensa – 06/08/2011

quarta-feira, 24 de julho de 2013

O que acontece por aí...


Dilma discursou no tom certo

Não acho que a presidente Dilma exagerou, saiu do tom, ou quebrou o protocolo, porque discursou para o Papa Francisco, salientando os feitos das administrações dela e de Lula. Deixemos de hipocrisia, mágoas e ressentimentos tolos. Qualquer governante, de qualquer partido politico, que estivesse no exercicio da Presidência da República faria o mesmo. Além disso, o mundo inteiro esta semana estará focado para o Brasil. A presença ilustre, bem vinda e inédita do Papa Francisco enche de orgulho o Brasil e os brasileiros.  Queriam o que, os desafetos de Dilma, que ela porventura exaltasse os feitos dos adversários? Não cabe amadorismo em politica. Francamente.

Um pouco de...

Ternura, emoção, alegria, risos, são as tônicas dos belos espetáculos do Circulando com a Circa Brasilina. A coordenação geral é de Manuela Castelo Branco. Com entrada franca, os shows percorrem diversas localidades. Depois do Varjão, Ceilândia e Vila Telebrasília. É a vez de Itapoã. Nos próximos dias 27 e 28. Entre as divertidas atrações, a palhaça Matusquela, intervenções do pipocando poesia e oficina de comicidade feminina.


terça-feira, 23 de julho de 2013

Haroldo exige respeito aos idosos


Sei que o assunto "Betty Faria de Biquini aos 72", já deu o que tinha que dar, mas são positivamente surpreendentes os questionamentos feitos pela atriz na Edição do Correio de 08/07. Diz ela: "Eles (os que a criticam) querem que eu vá para a  praia de burca, que me esconda, que me envergonhe de ter envelhecido ? E o prazer, a alegria e o meu humor? Confesso que fiquei emocionado com esse desabafo. Penso que vergonha (em especial neste momento emblemático do país), é ser desonesto, aético, roubar, corromper, enganar, trapacear, desrespeitar o outro. Betty Faria tem coragem, carater e personalidade. Virou o jogo e foi transgressora na sua vida pessoal e artistica, e pagou um alto preço por isso. Construiu sua história e sua carreira com  dignidade e ousadia. E vamos lá, quem fez novelas do quilate de Tieta, Agua Viva, Pecado Capital e filmes incriveis como Bye, Bye Brasil, Romance da Empregada e a Estrela Sobe, te m cacife para qualquer coisa, inclusive ir a praia de biquini. São bobos os  que acham que só jovens, belas e magras podem usar essa peça de vestuário. Esses, terão que comer muito, mas muito  feijão com arroz para critica-la com consistencia. As fotos mostram Betty linda, serena, segura e feliz. E isso basta!

Haroldo Michiles

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Amigo


Escrevi há mais de 6 anos e sempre vale a pena reiterar,  neste agradável, sincero, marcante e inesquecível dia 20 de julho:

o amigo elogia e critica,

mas não bajula.


abração para todos.

Merval, vesgo paladino


“Merval,

Começamos juntos no Globo. final década de 60. Você no Rio, eu, na sucursal de Brasilia. Deixei as redações, mas continuo repórter e atento aos fatos politicos. Ao contrário de você faço questão de preservar minhas amizades, e jamais tive a pretensão de ser dono da verdade. Tenho auto-critica. Coisa que você não tem. Hoje, Merval, voc
não esconde, faz questão de ostentar, o título nojento, cretino, covarde, ressentido, torpe, asqueroso e ordinário de principal porta-voz da patrulha tucana. Antes, voc bajulava Lula, Genoino, Dirceu, etc. Eram tuas boas fontes. Hoje, voc cospe no prato que comeu. Se o fulano não for do PSDB, pau nele. Fora do tucanado não há salvação. O professor Merval  escreveu, xingou, insultou, é tinta e pingo. As linhas e entrelinhas das tuas colunetas são repletas de amargura, rancor, ódio, ressentimento. Considero um absurdo, uma canalhice, um profissional  dispor, como você, de espaço precioso em jornal e televisão importantes, para constantemente desacreditar e insultar figuras do mundo politico. Merval, compra um espelho. Voc não tem competncia nem para engraxar os sapatos de verdadeiros, veteranos e respeitados colunistas politicos, como Jânio de Freitas, Carlos Chagas, Hélio Fernandes ou Carlos Castelo Branco. Você tornou-se acadmico da ABL porque é do Globo. Apenas por isso. Teus livrecos, autênticos papeluchos, não têm nenhuma importãncia para a literatura brasileira. Francamente.  Te manca, Merval. Nesta linha, não vejo nenhuma autoridade em você, pessoal ou profissional, para dizer que Collor montou uma farsa eleitoral como governador de Alagoas, para seguir candidato à Presidncia da República. Farsa, Merval, pena que não tenhas coragem, isenção ou grandeza para admitir, foi o impeachment montado por patifes, da politica, da imprensa(carapuça enorme) e do empresariado, para arrancar do cargo um valoroso e determinado jovem politico, eleito com mais de 35 milhões de votos, e que continua, hoje, como senador, com o mesmo espírito público e determinação, servindo ao país e à coletividade.


Com meu desprezo,


Vicente Limongi Netto”

Prefeitura de Manaus apresenta primeira sala de aula digital do Brasil


Uma aula diferente. Ao invés do quadro branco, televisão de led. No lugar dos habituais cadernos, livros e canetas, tablets com acesso à internet e conteúdos pedagógicos. O que parecia ser algo distante para o dia a dia da educação pública no Brasil já é uma realidade nas salas de 5º ano da Escola Municipal Vicente de Paula, entregue nesta quinta-feira, 18. O projeto é fruto de uma parceria da Secretaria Municipal de Educação (Semed) com a multinacional Samsung. Cada aluno tem à disposição um tablet que compartilha informações com os demais, onde todo o conteúdo é controlado pela professora. É possível trocar mensagens, ver vídeos e fazer exercícios, tudo online por meio de uma rede wi-fi instalada dentro da sala. “Imagina uma aula de ciências que fala sobre o aparelho digestivo. Normalmente eu mostraria figuras e explicaria o conteúdo, com essa ferramenta posso passar um vídeo que irá mostrar todo o processo dentro do nosso organismo. A aula é muito mais dinâmica e interessante para o aluno”, explicou a professora Elisandra Lima. O programa também auxilia a elaboração das aulas. O professor ganha mais opções e o uso da internet otimiza o tempo. Segundo Lima, tudo isso é um desafio novo. “O papel do professor fica mais dinâmico e facilita o tempo de preparo das aulas, já que podemos pesquisar os conteúdos na internet. Na verdade, isso tudo é uma novidade para todos. Estou aprendendo com eles também”, concluiu. A aluna Helloysa Amorim era uma das mais entusiasmadas com a aula. Sentada na primeira fileira, ela resolveu problemas matemáticos, tirou fotos e interagia com a professora por meio de mensagens. “Estou amando essa aula, é muito mais legal que usar cadernos e livros. Amei poder mandar mensagem para professora e fazer os exercícios pelo tablet”, disse.

Reconhecimento

A Escola Municipal Vicente de Paula foi escolhida para ser contemplada pelo Samsung School por ter a melhor nota do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) na rede municipal de ensino. O Secretário Pauderney Avelino afirmou o objetivo é estender também para as escolas com Ideb abaixo do média. “Já faço esse desafio à Samsung de instalarmos o programa em uma escola do Ideb baixo. Queremos dotar a educação municipal com a maior quantidade de aparato tecnológico possível. Nosso objetivo é levar para o povo de Manaus uma educação de excelência. Para isso, já estamos colocando internet de 10 megas em todas as escolas”, afirmou.


Fotos: Tácio Melo / SEMCOM

O leitor e Collor


Gostaria de esclarecer ao leitor Carlos Brisola Marcondes (Painel de 18/7) que Fernando Collor não foi arrancado da Presidência da República por corrupção, mas por um sujo e covarde jogo politico. Oportunistas rasgaram a Constituição. A CPI do PC Farias foi apenas um pretexto para desestabilizar o governo Collor, que derrotou nas urnas diversos opositores, entre eles, Lula, Mario Covas e Ulisses Guimarães. Depois da colossal pantomima do impeachment, Collor foi inocentado pelo STF de todas as levianas acusações de seus detratores.

Ganso mostra evolução em campo


O São Paulo perdeu novamente. Mas  é enorme a evolução física e tática de Paulo Henrique Ganso. Correu, marcou, se movimentou o campo todo. Como sempre deu passes perfeitos, na medida, caracteristicas dos verdadeiros craques. Ganso chutou a gol. O que não faz muito. Precisa chutar mais. Explorar mais também essa virtude que tem. Tanto que hoje, em belo chute de fora da área, meteu a bola na trave.  O time do São  Paulo como sempre  começa jogando bem. Vai ficando confuso no decorrer do jogo. Ganso é um só. Os excelentes passes dele chegam na área adversária. Ganso procura tabelar. Mas os companheiros do ataque não estão ajudando. Fica dificil. Digo sem medo de errar que Ganso fez uma bela partida contra o Cruzeiro. Mas não pode fazer mágica. O São Paulo precisa urgente vencer um jogo.  O torcedor tem dado força ao Ganso. Hoje percebeu claramente que Ganso tem tudo para retornar á seleção brasileira. Creio, nesta linha, que uma convocação fará muito bem ao valoroso Ganso. Que tem provado em campo que não esmoreceu. Que não se entrega. Que joga bem. Que tem futebol de sobra para brilhar pelo São Paulo e pela seleção na copa de 2014. Quem viver verá e aplaudirá Ganso.

Cadeia para mascarados


A polícia tem que ser polícia. Mascarado esconde covardia, vontades, traições, bandidagem, autores, vínculos, enfim, pode ser um terrorista ou um bandido comum mesmo. Já presenciei pessoalmente movimentos em Paris e não tem disso não. Vândalo é vândalo. Mijou fora do penico, porrada nele, que aumenta conforme o grau de desrespeito. Não tem essa de direitos humanos para bandido. Você já  viu Direitos Humanos vingar nos Estados Unidos, quando o governo daquele país defende a ordem? Só no Brasil que se permite humilhações de um cocaleiro, de uma Cristina Kirchner etc. Só no Brasil se permite que condenados por uma Suprema Corte continuem atuando; ofendendo autoridades, instituições, como se estivesse acima da lei. Se prepare, quando estoura os limites da paciência do povo, o futuro do país pode ficar comprometido. Como jamais tivemos uma guerra de secessão como a americana; uma revolução francesa, onde o próprio Robespierre juntamente com seus companheiros foram julgados e guilhotinados quando começaram a mijar fora do penico, não estamos longe de um rompimento social. Pessimismo? não verdade. Veja o que acontece no resto do mundo. Impérios estão caindo. Estão esculhambando com o Brasil, meu amigo.

Boa semana


Carlos Esteves

O Papa e a FAB


O senador Renan Calheiros fez muito bem em cancelar a viagem oficial que um grupo de senadores faria ao Rio de Janeiro para encontrar o papa Francisco.  Terão que se contentar em ver Francisco pela televisão ou, então, pagar passagem e estadia do próprio bolso. Contudo, a decisão de Calheiros deixou triste o santo padre, que gostaria de conhecer o famoso senador gaúcho (Pedro Simon) e receber dele as bênçãos divinas de um autêntico franciscano. Renan também deveria aproveitar o ensejo e passar o pente-fino nas costumeiras e inúteis viagens de parlamentares ao exterior.

Bem vindo, Papa Francisco!


Que sua presença semeie fé, energia e alegria nos corações dos brasileiros.

Amigo do Rei

Vou-me embora para Dubai. Lá sou amigo do Rei, que me paga em ouro o peso que escolherei. 

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Marin focado no trabalho


Excelente a entrevista de Jorge Luiz Rodrigues, no Globo, com José Maria Marin. Em todas as linhas o presidente da CBF mostra-se focado em novos sucessos da seleção brasileira. Marin não dissimula, não escamoteia informação, fala claramente de todos os temas relacionados com o futebol brasileiro e com a Copa de 2014. Experiente homem público e desportista, Marin cumpre sua missão no comando da CBF com invulgar competência e isenção. Trabalha pensando no prestigio do futebol brasileiro. Aqui e no exterior. Exige disciplina e responsabilidade de seus comandados e jogadores. Marin não dá trela aos decaídos e rebotalhos. Eternos pregoeiros do caos.

Procurador-Geral tenta bloquear investigação sobre licitações e contratos firmados em sua gestão

Por Pedro Benedito Maciel Neto, do Outras Palavras
Conselho Nacional do Ministério Público cobra de Gurgel informações sobre licitações e
outros contratos sob suspeita
(Foto: Antonio Cruz / ABr)


Enquanto o Brasil vive uma nova ordem da nossa democracia após a onda de manifestações país afora e ainda comemora a vitória na Copa das Confederações, uma disputa no coração do Ministério Público promete fazer mais barulho que a discussão sobre a PEC 37 e coloca o Supremo Tribunal Federal no centro do debate.
De um lado, o Conselho Nacional do Ministério Público; do outro, o Procurador-Geral da República, Roberto Gurgel. O conselheiro Luiz Moreira entregou ao STF detalhes das informações que está cobrando de Gurgel sobre licitações e outros contratos sob suspeita. Gurgel alega que Moreira quer apenas desmoralizar a instituição e pediu ao Supremo que suspendesse o pedido. O ministro Teori Zavascki negou o pedido do PGR e agora quer saber mais sobre as suspeitas levantadas pelo Conselho.
Mas, afinal, o que pesa contra o Procurador Geral da República já em fim de mandato? Por que Roberto Gurgel vem criando obstáculos de toda ordem contra as diligências que o conselheiro fez ou pelo menos tenta fazer?
Vamos aos fatos. Teria o citado conselheiro recebido em seu gabinete um grupo de servidores do Ministério Público Federal, que a ele relatou uma série de irregularidades praticadas pela administração daquele órgão em detrimento do erário. O Procurador Geral da República seria responsável pela realização de licitações suspeitas. Os valores superam os R$ 40 milhões. Além da falta de justificativas convincentes, haveria indícios de direcionamento de tais processos licitatórios.
Frente a gravidade do relato e diante da ausência de documentos (os servidores não quiseram apresentar nenhuma documentação formal, temendo perseguições administrativas), resolveu o conselheiro oficiar o Ministério Público Federal em busca de informações e documentos, afinal caberia a ele, na qualidade de conselheiro, requisitar de quaisquer órgãos do MP ou do Conselho as informações que considere úteis para o exercício de suas funções.
E aí começou a queda de braço que parou no STF. O conselheiro diligenciou e constatou que todos as licitações foram realizadas pelo mesmo pregoeiro, e em períodos mínimos, de no máximo 30 dias, entre a abertura do procedimento e a sua efetiva conclusão. Celeridade fora dos padrões de Brasília. O Portal da Transparência também serviu para reforçar suas suspeitas. Os processos de licitação apresentaram falhas como procedimentos sem páginas numeradas, com numerações repetidas, respostas apresentadas a questionamentos antes mesmo de estes serem formulados pelos licitantes, entre outros.
Há ou não algo minimamente suspeito a ser esclarecido por Roberto Gurgel? Mas não é só. O Conselho também quer apurar nomeações que causaram estranheza dentro do MP. Alguns servidores tiveram empregos de confiança transformados em cargo de provimento efetivo, em virtude de decisões proferidas pelo Conselho Nacional do Ministério Público, mas há informação segura de que uma série de outros servidores não incluídos na decisão recebeu, sem nenhum procedimento formal, a inclusão nas mesmas condições.
Há informação também quanto à existência de servidores sem nenhuma graduação, exercendo cargos em comissão privativa de bacharéis, bem como prática de nepotismo cruzado. Em cima de tais indícios, o conselheiro oficiou a quem direito e não obteve resposta.
Caberia ao Procurador Geral da República, em não tendo “culpa no cartório” como se diz por aqui, prestar todas as informações ao conselheiro e, em havendo de fato irregularidades, apurá-las e punir os responsáveis sem nem precisar para tal lançar mão da “Teoria do Domínio do Fato”.
Roberto Gurgel, no entanto, optou por barrar qualquer iniciativa de investigação via Supremo Tribunal Federal. Tentou e não conseguiu. Como registrou a colunista Monica Bergamo, no sábado, dia 29, o STF quer esclarecimentos.
Ouso a dizer que não é apenas o ministro Teori Zavascki que quer a verdade. É a sociedade brasileira que deu claros sinais de insatisfação com os vícios na política e na gestão do dinheiro público. Chega a ser irônico imaginar que o mesmo Ministério Público que brigou para não perder seus poderes de investigação viva uma queda de braço interna exatamente para cercear o direito de investigar e sombrear a verdade.

quarta-feira, 17 de julho de 2013

O que acontece por aí...

Senadores Longe Do Papa

O senador Renan Calheiros fez muito bem em cancelar a viagem oficial que um grupo de senadores faria ao Rio de Janeiro para encontrar o Papa Francisco.  Terão que se contentar em ver Francisco pela televisão, ou, então, pagar passagem e estada do próprio bolso. Contudo, a decisão de Calheiros deixou triste o Santo Padre, que gostaria de conhecer o famoso senador gaúcho e receber dele as benções divinas de um autêntico franciscano. Renan também deveria aproveitar o ensejo e passar o pente fino nas costumeiras e inúteis viagens de parlamentares ao exterior.

Tostão e Ganso

A meu ver é um crime o colunista Tostão (Esporte- 17/7) fazer pouco caso das qualidades técnicas do jogador Paulo Henrique Ganso, ao ponto de insinuar ser o atleta um enganador. Francamente. Quem jogou bem futebol como Tostão não pode cometer tamanha blasfêmia. Coisa feia. Ocorre que Tostão sabe disso, mas não diz que Ganso jogava no Santos com Neymar e Elano. Ganharam muitos títulos. Hoje, no São Paulo, Ganso levanta e cabeça e não tem opção. Tem que jogar com Luis Fabiano e Aloísio.

Ana Amélia questiona resolução que estabelece emplacamento imediato de tratores

A senadora Ana Amélia (PP-RS) questionou na tribuna a resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) que obriga o emplacamento imediato de tratores agrícolas, sob pena de multa e apreensão do veículo. Na avaliação da senadora, a medida gera mais custos aos produtores rurais desnecessariamente, podendo inclusive prejudicar a produção agrícola.
- Um exemplo de medida que gera mais custos e sem nenhuma consequência em produtividade, porque, se viesse uma medida para aumentar a produtividade, certamente, os próprios agricultores seriam os primeiros a defendê-la – opinou.
Ana Amélia informou que se reuniu com o senador Paulo Paim (PT-RS) e com representantes da Federação dos Trabalhadores da Agricultura Familiar (Fetraf-Sul), da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) e do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) para debater o assunto.
A senadora disse que a reunião levou à conclusão que existem várias dúvidas sobre a resolução do Contran que obriga o registro de tratores destinados a puxar ou arrastar “maquinaria de qualquer tipo, inclusive aqueles dedicados à atividade agrícola”.
- Não bastassem as limitações com a má qualidade das nossas estradas, a ineficiente e limitada infraestrutura de portos e ferrovias, os agricultores – principalmente os familiares do meu estado, estão sendo obrigados a lidar com mais uma barreira que encarece a atividade e gera novas inquietações e preocupações – disse.

Ana Amélia informou que entrou em contato com o ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro, para tentar encontrar solução para o problema, que poderia ser a suspensão da obrigatoriedade.

terça-feira, 16 de julho de 2013

FIAM já tem 85% dos estandes reservados

A sétima edição da Feira Internacional da Amazônia (FIAM 2013) já está com 85% dos seus estandes reservados. Restam, assim, poucas unidades disponíveis para as empresas e entidades interessadas em participar do maior evento multissetorial da Região Amazônica, que está agendado para 27 a 30 de novembro, no Studio 5 Centro de Convenções, Zona Sul de Manaus. De acordo com a Coordenação-Geral de Promoção Comercial (COGPC), departamento da Superintendência da Zona Franca de Manaus (SUFRAMA) responsável pela execução da Feira, empresas do Polo Industrial de Manaus (PIM) como a Moto Honda, Sony, Nokia, Samsung, Yamaha, Panasonic, BIC, entre outras, foram algumas das que reservaram espaço para participarem do evento. Os estandes disponíveis têm tamanho variando de 20 metros quadrados a 50 metros quadrados. “Restam poucos espaços. Os interessados devem se apressar”, alerta o coordenador-geral de Promoção Comercial, Jorge Vasques, ressaltando que a Feira tem se consolidado como maior vitrine de exposição das potencialidades regionais e promovido a divulgação de oportunidades para negócios e cooperação nos nove Estados da Amazônia brasileira, bem como sua integração nacional e internacional.  Os telefones da COGCP são: 3321-7259/7199. A FIAM deste ano terá como slogan “Passe para o futuro”, referência à realização da Copa do Mundo FIFA 2014 – que terá Manaus como uma das 12 sedes – e à perspectiva de prorrogação da vigência do modelo Zona Franca de Manaus por mais 50 anos. Realizada a cada dois anos, a FIAM é promovida pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), por meio da SUFRAMA, e tem como objetivos principais a atração de investimentos, promoção comercial de produtos e serviços da Amazônia Brasileira; a mostra de programas e projetos resultantes das políticas públicas para desenvolvimento socioeconômico sustentável; a promoção e identificação de parcerias público privadas;  o estímulo a exportações; além do incremento do fluxo de turistas e viabilização de parcerias para o setor. Além da exposição de produtos, a Feira apresenta uma programação ampla e variada, composta de rodadas de negócios e de turismo, jornada de seminários com temas estratégicos para o desenvolvimento regional e que visam difundir conhecimentos gerais sobre a Amazônia, bem como gerar subsídios para a orientação de políticas públicas.


Edição anterior


Em 2011, 382 expositores, em uma área total de 11,5 mil metros quadrados, apresentaram o que a Amazônia Brasileira oferece de melhor em termos de investimento. A Rodada de Negócios, realizada em parceria com o SEBRAE-AM, gerou US$ 13 milhões a curto prazo, e teve a participação de 136 empresas ofertantes e 26 empresas compradoras; a Jornada de Seminários apresentou 14 temas estratégicos para o desenvolvimento sustentável teve a participação de 1,5 mil inscritos; a Rodada de Negócios de Turismo reuniu 22 compradores de serviços e 38 fornecedores; e o Pavilhão Amazônia – espaço destinado para a promoção e comercialização de produtos regionais – contou com a participação de 116 expositores.

Crise é a transformação da sociedade, diz Sarney


Para o senador José Sarney (PMDB-AM), a história não se faz sem crises. “A história de um país é a soma de todas as histórias que fazem a sua sociedade em determinados tempos. Elas se somam e são sempre uma obra do tempo”, disse o senador José Sarney (PMDB-AM), na manhã desta sexta-feira (12), na tribuna do Senado Federal, em pronunciamento sobre o momento político que vive o Brasil. O ex-presidente da República e do Senado chamou a crise atual do país de “vontade popular”. Com a experiência de mais de meio século de vida pública, José Sarney confessou já ter visto muitas crises, e que a atual revela uma grande transformação da sociedade. “Hoje, em novo tempo, que é o tempo da comunicação, seu primeiro agente é um novo interlocutor da sociedade democrática: a opinião pública, mobilizada, atenta, engajada, apaixonada e instantânea”, afirmou. José Sarney disse que, desde 1972, na Conferência de Estocolmo, quando se verificaram as primeiras manifestações sobre os problemas ecológicos, o desenvolvimento econômico e a expansão tinham perdido aquela sacralidade de serem sinônimos de progresso. Sobrevieram, então, novos conceitos, reflexões e dúvidas sobre o caminho que o mundo estava tomando. Se estava em um caminho certo ou errado. O senador pelo Amapá lembrou-se em seu pronunciamento de uma referência que fizera então a Oichi, ministro do Meio Ambiente do Japão, que, diante a frenética de seu país em busca do Produto Interno Bruto se indagava o que tinha tudo aquilo a ver com a felicidade humana. Sarney referiu-se ainda a John Kenneth Galbraith, autor do livro A Sociedade Afluente, onde sustenta que a sociedade industrial deixa de lado os valores que o homem deve prezar. O senador Sarney disse que nas cidades a intensa urbanização ocorrida na grande parte dos países criou grandes problemas. “Todos nós somos testemunhas desses problemas que temos, hoje, nas grandes cidades”, afirmou. Entres esses, segundo Sarney, estão a dificuldade de locomoção e a violência urbana.

Mobilidade

O primeiro desses problemas diz respeito à mobilidade urbana. “Os carros não andam, enchemos as cidades de automóveis e hoje ninguém pode andar dentro das cidades. As pessoas vivem quase com um estresse e freneticamente quase que chegam em casa com princípio de esquizofrenia, tão grande a irritação que eles têm no trânsito”, lastimou. Ele disse que, paradoxalmente, atualmente a média da mobilidade nas cidades é de 18 quilômetros. Exatamente o que faziam as carroças da Idade Média. “Então a história da humanidade é cheia desses paradoxos. O fenômeno vem desde os transportes coletivos totalmente abarrotados até os transportes individuais”, observou.


Violência

Outro problema apontado pelo senador José Sarney em seu discurso foi a violência. Segundo ele, o Brasil é o primeiro país do mundo em números absolutos em homicídios. “Temos 51 mil homicídios por ano, e nos últimos 30 anos, foram mortos aqui no Brasil, 1 milhão e 90 mil pessoas. Isso é mais do que a soma de todas as guerras nesse período. Aqui, nós não tivemos nenhuma guerra, mas tivemos também um maior número de mortos do que nessas guerras que existiram no mundo, localizadas nesse período”, ressaltou. José Sarney citou uma pesquisa do Ipea, na qual afere que 78% dos brasileiros têm medo de serem assassinados; e 91% têm medo de ser assaltados. “Por outro lado, temos uma legislação que, a meu ver, é responsável pelo crescimento de homicídios no Brasil e por esses números que citamos. Como o fato de sermos um dos poucos ou talvez o único país do mundo em que um homem que mata outro se defende solto. Isso cria, dentro da sociedade, um desprezo pela vida”, lastimou o senador.

Manifestações

Dessa forma, esses problemas permearam as recentes manifestações ocorridas por todo o país, de acordo com José Sarney. “Dois componentes da alma das pessoas estavam presentes: primeiro esse estresse permanente do tráfego; e, segundo, a violência que também permeia a vida das grandes cidades”. Por outro lado, disse José Sarney, é intrigante pesquisas que apontam 76% dos brasileiros dizendo que o país é um bom lugar para se viver. “Então, a pergunta é nossa: por que essa grande insatisfação que explode no momento atual? Esse pano de fundo de um fenômeno que acho que, de repente, para todos nós, surgiu sem uma causa justificada. Até hoje ninguém explicou qual era a causa profunda. Ninguém pode prever subitamente essa surpresa que tomou de uma atônita perplexidade todos nós no Brasil com esses acontecimentos”, afirmou.

Ideologias

Para o senador, a atual crise tem novos componentes. “Depois do fim das ideologias do nosso tempo – a mais dominante delas, o comunismo –, as novas gerações, sem causas, sem utopias, são presas fáceis do niilismo, das drogas, do alcoolismo e de uma coisa que hoje domina quase grande parte: a sublimação dos prazeres. Mas a maior parte delas dirige suas energias e vitalidades contra as mazelas da humanidade. É aquele sentimento que todos nós que fomos moços sabemos, que o primeiro desejo nosso é melhorar a sorte da humanidade, das pessoas. É o gesto altruístico de grandeza, de idealismo que movimenta os moços, o qual todos nós já tivemos. E, às vezes, até na velhice, mantemos esses sentimentos”, disse.

Sistema eleitoral

O senador Sarney abordou também a questão do sistema político brasileiro, que segundo ele, dá margem a muitas incompreensões. “O Brasil não conseguiu fazer partidos políticos em que a democracia se sustentasse. Não conseguiu fazer um sistema de representatividade que realmente atendesse aos anseios do povo. Basta ver essa busca que nós temos. Foram 500.402 candidatos na última eleição e toda essa gente em busca de dinheiro para fazer eleição. De acordo com Sarney o atual sistema tem que ser mudado. “Esse voto proporcional do jeito que nós o praticamos é absolutamente destruidor dos partidos; ele é destruidor do Congresso; ele é destruidor da Câmara; ele é destruidor da classe política e ele tem sido responsável pela má vontade do povo, pela incompreensão do povo e realmente pelos resultados, que só têm diminuído o prestígio da instituição representativa”, afirmou. O partido político foi o caminho pelo qual a democracia pôde organizar-se e ser o melhor sistema de autogoverno, disse Sarney. Para ele, sem partidos políticos fortes, não há parlamentos fortes e, sem esses, a democracia descamba para a demagogia, para a política pessoal, com todos os descaminhos que levaram, no Brasil, à decomposição dos costumes políticos. O Sarney enfatizou ainda que o atual sistema eleitoral partidário chegou ao fim. “E é com tristeza que podemos afirmar que ele se deteriorou; e, para não usar uma palavra mais dura, dizendo que ele se acabou!”.

Congresso Nacional

O Congresso Nacional e, em particular, o Senado têm reagido, tentado reagir com uma agenda positiva, que procura identificar a demanda difusa das manifestações, considerou José Sarney. Ele disse que é preciso atenção para não tomar necessariamente essas demandas como a expressão de todos os segmentos da sociedade, nem deixar de decidir sobre assuntos mais complexos que escapam ao grito das ruas. “Repito que sem Congresso forte não há democracia forte. E uma democracia frágil é um prenúncio de decomposição. Sem ela perde-se a liberdade e surgem as fórmulas salvadoras. Ninguém pense que elas já estão fora das nossas hipóteses de perigo. No mundo atual, há outras fórmulas de desestabilização que não as intervenções militares, tão sofridas ao longo da nossa História, o terrorismo e a divisão social. Não podemos deixar de estar atentos a esses aspectos”, reiterou. José Sarney reafirmou a necessidade de se restaurar o prestígio do Legislativo. “Há tempos, tenho falado na necessidade de se restaurar o prestígio do Legislativo. Grande tarefa a cumprir, que é de todos nós”, conclamou. De acordo com Sarney, o Congresso Nacional tem uma longa tradição de crescer nos momentos de crise. “Ao longo da minha vida, sou testemunha desse fato. Algumas das crises graves que tivemos, a morte do presidente Vargas, a renúncia do Jânio, essas crises, o impeachment do presidente Collor, foram momentos em que o Congresso teve oportunidade de fazer uma certa reflexão e de poder, de certo modo, retomar rumos. É isso que precisamos fazer”, acrescentou ainda.

Apartes


O senador Pedro Simon (PMDB-RS) disse, em um aparte, que estava encantado com o pronunciamento de José Sarney. “Ele é muito profundo. É um pronunciamento desses tinha que ter apartes de vários partidos e tinha que dar continuidade. Esse pronunciamento não podia ser feito numa hora mais feliz, porque, justiça seja feita, nós, que temos tantos erros, vamos reconhecer que nesses 20 dias o Senado está tendo uma atuação de primeira grandeza”, afirmou o senador gaúcho. Simon se referiu também a época que Sarney foi presidente da República. “Foi um governo altamente democrático, viveu momentos muito difíceis”. Disse ainda que o atual momento político deve ser mais bem aproveitado, como sugeriu Sarney no pronunciamento. E até confessou uma pontinha de inveja. “Não vou mentir: não é uma inveja satânica, mas é uma inveja cristã que eu tenho desse seu pronunciamento”, acrescentou. A senadora Ana Amélia (PP – RS), por sua vez, disse a Sarney, que ao usar sabedoria, experiência, habilidade política, intelectualidade, e a sua academia de escritor e de político, iluminou a virada do século XX para o século XXI, mostrando um cenário de revoluções contínuas do comportamento político e humano. “Então, eu queria cumprimentá-lo pela sua manifestação, nesta manhã, com essa visão geral das nossas responsabilidades, cada vez mais acentuadas quando a rua nos clama, para termos nós aqui o protagonismo que a rua espera de nós”, disse a senadora Ana Amélia.

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Fernando Collor: "O ineditismo das ruas"


Há meses manifesto no Senado a preocupação com o esfacelamento das instituições, a crise entre os poderes e o descrédito em relação à atividade política. No fundo, tudo está relacionado às reivindicações da sociedade neste momento de mobilização e protesto. Como venho prenunciando, a crise institucional nos levou à derrocada do modelo de democracia representativa. Em outras palavras, levou ao fenômeno que chamei de paradoxo da legitimidade versus credibilidade, com a inversão de valores da sociedade perante os poderes, órgãos e agentes públicos. De maior legitimidade, com 100% de seus integrantes escolhidos pela população, o Legislativo é hoje o de menor aceitação popular. O Judiciário, para cuja composição não há qualquer participação da sociedade, detém no momento a maior confiança da população. Entre os dois, o Executivo, em que apenas os chefes são eleitos e os demais integrantes nomeados. Tudo de que se tem reclamado, em última instância, deriva do atual sistema político brasileiro, que há décadas se isola das forças sociais. Por isso, defendo a adoção do parlamentarismo, que traria para dentro do Congresso a participação da sociedade civil. Com o modelo parlamentar as refregas políticas e institucionais são arrefecidas e a administração pública torna-se ágil e eficaz. Pois, sob o presidencialismo de coalizão, constatamos em todos os níveis uma máquina pública travada, amarrada politicamente ao gerir serviços públicos essenciais. O que vemos é o trabalho de planejadores, gestores e executores ofuscado. O que prevalece é a atuação de procuradores, auditores e fiscais. Assim, trocamos o conteúdo pela forma, o fim pelo meio, a trena pelo papel. O resultado virou coadjuvante numa cena em que a burocracia é protagonista. Em nome da eficiência cega, perdemos o rumo da eficácia. É fato ainda que estas manifestações em nada se comparam com as mais recentes vividas no país, a começar pela motivação e objetivos. Nos anos 60 e 70, lutava-se contra a ditadura e pela anistia. Nos anos 80, pleiteavam-se abertura e eleições diretas. Em 1992 pedia-se a destituição do presidente da República. Hoje as demandas são inúmeras, genéricas e difusas. Também diferem na abrangência, pois jamais assistimos a protestos em tantas cidades e ao mesmo tempo, assim como nunca tanta gente de idades, classes e ofícios tão diversos saiu às ruas. Mesmo na duração, nunca se mobilizou sem líderes e sem partidos por período tão longo. Se antes o cunho era eminentemente político, hoje somam-se vieses sócio-econômico e de gestão pública, com o fio condutor pela mudança.  Portanto, não há como igualar o que vemos hoje com o que se viu no passado recente. A cobertura dos meios de comunicação também mudou. Não se reporta mais dos palcos dos acontecimentos, mas de sobrevoos. Apesar da avalanche de informações, com horas de rádio e TV ao vivo, as notícias e análises carecem de mais nitidez e conteúdo e menos subterfúgios midiáticos. Em alguns casos, pende-se para a dissimulação da verdade. Algo estranho está no ar. Talvez, recuando ainda mais no tempo às revoltas do Vintém (1879/80) e da Vacina (1904), e elevando-as à enésima potência, os confrades e confreiras de plantão encontrem respostas para os protestos do terceiro milênio.

Fernando Collor, senador pelo PTB de Alagoas e ex-Presidente da República

Publicado no jornal “Folha de S. Paulo” em 7 de julho de 2013.

Fique de olho...


Senadores mais perto do povo

As comissões técnicas do Senado atuam com desembaraço. Mas poderiam ser mais positivas, práticas e  objetivas se os parlamentares fossem  ver de perto os problemas que afligem as diversas regiões brasileiras. Senadores do Norte visitariam localidades do Sul. E vice-versa. Poderiam avaliar as dificuldades com mais eficiência e clareza. A presença física com o povo, sindicatos, empresários e estudantes seria mais produtiva. Renderia muito mais em beneficio para a coletividade. Senadores não podem ficar eternamente discutindo  problemas em salas refrigeradas,  esperando que o Executivo resolva todos os problemas. É preciso haver profunda sintonia entre os Poderes. São muitos os anseios populares. A sintonia entre  senadores e população deve ser cada vez mais participativa, integrada e definitiva.

Patrulha ridícula

Ridículo, a meu ver, é o torpe e covarde patrulhamento do leitor Mauricio Huertas (Painel do dia 8/7), irado porque a Folha, democraticamente, publicou artigo no dia 7 do senador Fernando Collor, a propósito das manifestações populares. Francamente. Colossal pobreza de espírito.

Dilma não é Geni


Tem razão o leitor Kito Fernandes (Painel do dia 14/7):espertalhões e maus brasileiros fantasiados de paladinos e donos da verdade estão tirando vantagens do turbulento momento político para tentar demonizar a presidente Dilma e torná-la inimiga número 1 da população. A insensatez, a discórdia, a fúria e o ressentimento estão falando mais alto do que o diálogo, a ponderação e a lucidez. Dilma não merece, pelo que de produtivo já realizou pela coletividade, ser tratada com estupidez pelos algozes de plantão. É preciso saber filtrar os aspectos positivos das manifestações. Discutir, exigir e pleitear com argumentos. A democracia não é morada para levianos, covardes, parasitas e irresponsáveis. O egoísmo, a vaidade e a ambição desenfreada não podem vencer os verdadeiros clamores das ruas.Sob pena de todos os sonhos irem para o ralo. E, então, continuar tudo como dantes no quartel de Abrantes.

Mãe Amada

Minha adorada mãe estará sempre no meu coração, povoando com alegria seus inúmeros e cativantes gestos de beleza, amor, força, ternura, determinação, que ela sempre procurava passar a todos nós, seus filhos. Fez agora, domingo, 1 ano que Deus levou mamãe para perto de Si. De lá, envolvida pelas estrelas, nossa amada Alcy prossegue nos mostrando os caminhos da vida. Graças a seu vigor, inteligência e forte personalidade, seus ensinamentos continuam mais presentes do que nunca.

Vicente Limongi Netto

quinta-feira, 11 de julho de 2013

O operoso Renan


Não é correto nem justo atacar, julgar e mandar fuzilar Renan Calheiros pelo uso do avião da FAB para ir a um casamento. O episódio foi esclarecido, Renan fez a necessária auto-crítica e fez o que precisava ser feito: pagou a viagem. A meu ver, o cidadão e político Renan Calheiros tem que ser elogiado, criticado e analisado pelo produtivo trabalho que realiza no Senado em beneficio da coletividade. Nos últimos dias, sob o comando de Calheiros, o Congresso Nacional aprovou medidas que atendem o chamado clamor das ruas. São projetos de interesse da população, alguns deles engavetados há muito tempo. A decisão de Calheiros, com o apoio de senadores e deputados, é continuar neste ritmo, discutindo e aprovando iniciativas que contemplem os anseios populares.

Música no Museu integra-se à programação da Jornada Mundial da Juventude


Devidamente aprovado pela Arquidiocese do Rio, Música no Museu fará parte da programação cultural da Jornada Mundial da Juventude neste mês de julho 2013 apresentando somente músicos jovens, mas também trazendo uma atração internacional, o acordeonista italiano Vince Abbraciante. A abertura será no dia 02. de julho às 18:30hs na Igreja Santa Cruz dos Militares com a apresentação da organista Domitila Ballesteros. Desde o início de Música no Museu, e aí já se passam mais de 15 anos, é oferecido espaço aos jovens músicos. Trata-se de uma filosofia que não se limita apenas a promover apresentações, mas dinamizar e expandir as atividades musicais a outros níveis. Se não é pioneiro, é constante nesta prática e, talvez, a única série que mescla, quase que em igualdade de condições, jovens e nomes de expressão, mas, claro, dando-lhes o verdadeiro valor e hierarquia. Só em 2008 realizamos 503 concertos. Em 2009, foram 532 - um recorde - e cerca de 30% foram destinados a estudantes e músicos recém-formados, assim como em 2010 com 502 concertos realizados. Em 2011 foram mais de 400 e em 2012 mais de 450concertos. Paralelamente realizamos um concurso para jovens músicos, já na 6ª versão cujo vencedor recebe uma Bolsa de U$105 mil da James Madison University. As inscrições encerram-se no dia 31 de julho. Registramos, também, a parceria com a Ação Social pela Música trazendo a participação de Orquestras das comunidades pacificadas e, na versão internacional, teremos no dia 31 de julho, o pianista Arthur Villar no Palácio Foz, em Lisboa. Neste mês de julho, incluindo os museus de Porto Alegre e São Paulo, faremos 35 concertos. Esperamos por vocês. Sds Sergio da Costa e Silva- Diretor de Música no Museu - (21) 22336711 e 9988-9332.