domingo, 28 de fevereiro de 2010

PSDB, Serra, FHC, balaio de gatos

Já falei há muito tempo, e reiterei no meu blog e no site do Hélio Fernandes: Serra não tem aquilo roxo para trocar uma reeleição tranqüila, como governador do poderoso Estado de São Paulo, para deixar o cargo meses antes e disputar a Presidência da República, numa eleição que promete ser duríssima e com lances emocionantes de baixarias de ambos os lados. Aliás, elas já começaram. Mas, não vejo saída para Serra nem para o PSDB. Há tempos poderia ter inflado o ego do jovem Aécio, "você é o candidato mais forte". Não o fez. Vacilou, agora não dá para recuar. A não ser que Serra aceite ser vice de Aécio. Mas o jogo de vaidades entre os tucanos arrebenta todos os espelhos. Mas, analisando com remotas hipóteses, se FHC fosse o candidato tucano, seguramente Lula, Dilma, Zé Dirceu, etc, abririam champanhe antes do tempo e soltariam foguetes durante semanas. Síntese: o PSDB não dorme, o pesadelo coletivo tomou conta dos arrogantes e pretensiosos tucanos. Se correr, o bicho pega... se ficar o bicho come.

Em defesa do patriotismo e da Lei de Anistia

Foi criada a Medalha "Sargento Max Wolff Filho", herói brasileiro na 2º Guerra Mundial. A iniciativa é muito boa. Wolff foi realmente um grande herói. Infelizmente, hoje, se assiste a um verdadeiro menosprezo aos líderes, aos heróis e aos patriotas. Substitui-se o homem, o cidadão, os bons exemplos, por facções, grupos, raças, partidos e até animais e plantas. Até mesmo nossa moeda, que deveria ser um dos alicerces da Nação, não possui mais figuras históricas que poderiam servir de modelo para nossa juventude. Vemos bichos e plantinhas, não heróis nacionais, não pessoas. As lutas dos movimentos sociais não procuram bandeiras pelo Brasil como um todo, pelo progresso da Nação. Com dinheiro das fundações Ford e Rockfellers da vida, fazem de tudo para nos desagregar, nos dividir, nos enfraquecer, jamais para nos unir. Mas, a pergunta provocativa que proponho é a seguinte: por que, com razão, a Presidência quer homenagear Max Wolff Filho, por ter lutado contra o autoritarismo na Europa, e quer condenar os militares que fizeram o mesmo aqui no Brasil, quando tentaram evitar um Estado autoritário comunista? Não se pode separar o sentimento libertário coletivo da corporação militar que lutou na Europa, do sentimento libertário coletivo que permeou a ação dos militares diante do desastroso governo de João Goulart. Mesmo que se considere um erro histórico – e eu considero – não se pode deixar de refletir sobre isso quando se discute a importância da Lei de Anistia. Esta veio para unir os brasileiros desunidos pelo contexto da Guerra Fria.

Said Barbosa Dib

Blog do Saïd Dïb

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Garcia é um Imbecil

Marco Aurélio Garcia é um imbecil. Creio que é o sempre escalado para dizer asnices oficiais que desapontam o cidadão e insultam o bom senso. Francamente!

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Rio + 20 é 'vitória do Senado', diz Collor

O senador Fernando Collor (PTB-AL) considerou, nesta quinta-feira (25), que foi uma "grande vitória do Senado" o anúncio, pela Organização das Nações Unidas (ONU), da realização em 2012, no Rio de Janeiro, da conferência "Rio + 20", sobre meio ambiente e desenvolvimento. Durante a conferência, representantes de todo o planeta retomarão os debates realizados durante a cúpula Rio 92, quando chefes de Estado e de governo do mundo inteiro se reuniram na capital fluminense.
- A proposta de realização da Rio + 20 foi encabeçada por mim e levada à ONU pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva - disse Collor durante reunião da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE).
O presidente da comissão, senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG), ressaltou a importância da realização da nova conferência, que ocorrerá no mesmo ano em que termina a vigência do Protocolo de Kyoto sobre mudanças climáticas. Por sua vez, o senador Romeu Tuma (PTB-SP) lembrou a participação de Collor na Rio 92, quando o atual senador era presidente da República.

Correio Confuso

Dia 18, às 11h42m, coloquei, pelo Sedex, uma encomenda para Fortaleza, Ceará. Claro que era encomenda urgente. Caso contrário não mandaria pelo Sedex. Dia 19, soube pelo computador que a encomenda não foi entregue porque o número não existe. Qual número? Do prédio, do apartamento, do Cep? Dia 22, o pacote foi devolvido a Brasilia. Ainda havia tempo. Consertaria o número mandaria novamente. Pasmem: a encomenda que não foi entregue porque não tinha o número, foi encaminhada outra vez para Fortaleza. Hoje, dia 25, entrei em contato com os Correios e perguntei se haveria uma forma da encomenda se encontrar com o destinatário, já que os dois estão em Fortaleza. A seguir, um funcionário enternecido, disse-me que mandaria um e-mail pedindo para suspender a devolução. São 17 horas e ainda não sei o que aconteceu. É inacreditável, mas é verdade. Nem kafka entenderia este processo.

Marco Maciel destaca a contribuição de Azevedo, ex-reitor da UnB, para a consolidação da Universidade

O senador Marco Maciel (DEM-SP), nesta quinta-feira (25), fez questão de mostrar o seu pesar pelo falecimento do ex-reitor da Universidade de Brasília (UnB), José Carlos de Almeida Azevedo. Capitão da Marinha e membro da Academia Brasiliense de Letras, Azevedo morreu em Brasília na terça-feira (23), aos 78 anos, devido a uma infecção pulmonar decorrente de pneumonia. Deixou duas filhas, três netos e a viúva Maria do Carmo.
- Ele era uma pessoa de temperamento forte e, intelectualmente, muito preparado em diferentes campos das diferentes especialidades da engenharia. E, de alguma forma, ele muito contribuiu para consolidar a Universidade de Brasília. Não é sem outro motivo que hoje a Universidade é reputada como uma das melhores do país - afirmou o senador.
Marco Maciel registrou que Azevedo nasceu em Salvador, em 11 de janeiro de 1932, e comandou a UnB entre 1976 e 1985. Além de reitor, também foi professor da universidade por 17 anos. O senador disse ainda que Azevedo tinha formação em Física, Engenharia e Arquitetura Naval.
Em aparte, o senador Gerson Camata (PMDB-ES) associou-se à homenagem.
- Quem deu corpo, quem consolidou a Universidade de Brasília foi ele. Agregou cursos, colocou cursos de pós-graduação e se tornou, portanto, um benemérito dessa instituição de ensino superior - disse Camata.
Agência Senado

Leia o pronunciamento na íntegra...

Ou assista ao vídeo do discurso a seguir...

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Governador e prefeito do Rio: dois inúteis

Não sei qual é o pior, o mais melancólico e demagogo, se o governador Cabral ou o prefeito Paes. Enquanto isso o carioca sofre, com o Rio abandonado, com as praças e ruas sujas e esburacadas. Com a insegurañça cada vez mais acentuada, com o transporte coletivo ruim, com os postos de saúde caindo aos pedaços. A dupla literalmente liquida com o Rio de Janeiro. Os dois adoram aparecer nas colunas sociais. Ficam fazendo gracinhas e viajando. A Copa e as olimpíadas estão perto e nada de providências firmes e competentes para que as duas iniciativas sejam vitoriosas. O carioca também tem culpa, por eleger dois ínúteis como Cabral e Paes.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

O Brasil perde um grande homem...

Morreu uma das figuras mais maravilhosas e marcantes que Deus colocou neste mundo: o professor, cientista, físico, matemático, intelectual, militar, José Carlos de Almeida Azevedo, poderoso e competente ex-reitor da Universidade de Brasília. Instituição que valorizou, respeitou, dignificou e amou com eficiência e rigoroso zelo público. Conviver com Azevedo era uma constante alegria para o espírito. Um sentimento de desprendimento e esperança para o coração. Morre aos 78 anos, deixando um legado de fé, de consciência, de credibilidade e, sobretudo, de inteligência, integridade e cultura. Sua vocação era o ensino. Sua convicção, viver como homem de bem, ensinando aos moços lições de decência e caráter. Traços que o separa eternamente da mediocridade, como definiu Hélio Fernandes.

O que acontece por aí...merece comentário...

Frouxos e omissos

Até agora, pelo que tenho acompanhado, apenas o deputado distrital Antônio Reguffe defendeu Brasília e seus habitantes, do lamaçal político que assola a Capital Federal. E Reguffe o fez com energia, clareza, objetividade e competência. Os outros parlamentares continuam mudos, com o rabo entre as pernas. Por quê? Têm medo de que? Será que todos têm telhado de algodão? Será que todos eles devem imensos favores ao governador Arruda e ao vice Paulo Otávio? Os omissos moram aqui, alguns deles ficaram ricos aqui, criaram famílias e raízes aqui. Porque, então, não protestam, não se mostram indignados com a campanha que ordinários encomendados ou não, fazem contra os brasilienses e contra Brasília? Claro, me refiro aos senadores, deputados federais, secretários e deputados distritais eleitos por Brasília.Sobretudo e principalmente estes, deveriam repudiar o monte de asnices que covardes e desinformados escrevem e falam contra Brasília e os brasilienses.

Elogio quanto merece

Parabéns ao ex-governador Anthony Garotinho pela excelente, esclarecedora e fundamentada carta ao “O Globo” de hoje, retrucando artigo do jornalista Luiz Garcia. Aplausos também ao jornal, por admitir o contraditório em suas páginas. Bom jornalismo também é isso.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Sarney feliz como menino de quase oitenta anos


"Pressão faz parte da democracia que ajudei a construir"

Por Said Barbosa Dib*

Sarney está feliz feito criança. E bastante disposto para 2010. Vem recebendo elogios importantes pelo andamento das reformas no Senado. Em recente entrevista ao “Estadão”, Lula, do alto dos seus 80% de aprovação, mais uma vez defendeu Sarney com convicção: “o Sarney foi um homem de uma postura muito digna em todo esse episódio. Das acusações que vocês (o jornal) fizeram contra o Sarney, nenhuma se sustenta juridicamente e o tempo vai provar”. O apoio não vem só dos aliados, como Lula e Dilma, mas também daqueles que, há bem pouco tempo, eram críticos contundentes. Colegas que chegaram a criticá-lo, como o senador Pedro Simon, e até jornalistas, como Ricardo Noblat, estão reconhecendo sua atuação na modernização da Casa. Depois que a Fundação Getúlio Vargas entregou as propostas de mudanças na instituição, cumprindo determinação de Sarney, Simon fez questão de felicitá-lo pelo trabalho até agora realizado. O senador gaúcho declarou: "Eu acho que V. Exª deve estar feliz, porque recebe o respeito da Casa". E reconheceu o grande esforço de Sarney no processo: “A imprensa coloca de uma maneira maldosa, que nós aqui terminamos em pizza. Mas o Senado, sob seu comando, enfrenta seus problemas e cumpre com o dever, ao contrário do que faz a Câmara Legislativa de Brasília, que entra em recesso quando recebe o pedido de impeachment do governador". No “Comitê de Imprensa”, da Agência Câmara, na semana passada, em debate sobre as relações do governo Lula com a mídia, os convidados do programa, os jornalistas Rudolfo Lago e Evandro Paranaguá, que também exerceram suas críticas ao presidente do Senado, fizeram questão de elogiar a postura democrática de Sarney. Destacaram as relações do Planalto com a imprensa na Nova República, as condições de trabalho dos jornalistas que faziam a cobertura do governo, a convivência do presidente com os repórteres e o caráter eminentemente democrático do ex-presidente. Sarney tem dito aos amigos que, depois do que aconteceu, o Senado está bem melhor. Acha que, por mais contraditório que possa parecer, a crise e todas as dificuldades enfrentadas, acabaram por lhe dar mais força para levar avante as mudanças necessárias. Mudanças que, faz questão de lembrar, já estavam em seu programa de ação em fevereiro de 2009, quando foi convocado pelo partido a concorrer à Presidência da Casa. E avalia que, apesar dos exageros, dos ataques pessoais e dos desgastes sofridos, “sem as pressões da mídia não teria conseguido avançar tanto”. Acha que o sacrifício valeu a pena. Lembrando seu tempo na Presidência da República, comentou: “Na época também sofri grande pressão, foi muito desgastante. Pressão faz parte da democracia que ajudei a construir. Ataques vinham de todos os lados. Tive que administrar, com sacrifício pessoal, todos os conflitos com muita paciência; tive que aquentar ataques a mim e a minha família, tive que suportar acusações falsas e intrigas. E justamente sobre “sacrifícios”, brincou, como sempre, lembrando o padre Antônio Vieira, que falando sobre o projeto divino que nos chega pelo grito dos necessitados e sacrificados, ensinava: "...não há lume de profecia mais certo no mundo que consultar as entranhas dos homens. E de todo homem? Não. Dos sacrificados. Se quereis profetizar o futuro, consultai as entranhas dos que se sacrificam e dos que se sacrificam para diminuir o sacrifício dos outros". Mas Sarney está animado não apenas pelas conquistas políticas e administrativas de sua gestão na Presidência da Casa. Como católico fervoroso, não esconde de ninguém a felicidade com que recebeu a homenagem da Nunciatura Apostólica da Santa Sé em Brasília, no início do ano, quando o núncio apostólico no Brasil, Dom Lorenzo Baldisseri, disse que "homenagear o senador José Sarney é percorrer, na sua eminente pessoa, um traço significativo de história contemporânea do Brasil." A verdade é que o conciliador José Sarney merece esta e outra homenagens. Recebe o reconhecimento da Cruz e da Espada, do lado espiritual e do político. É um homem público com virtudes indispensáveis para se enfrentar crises: a capacidade de inovação, a paciência, o senso de justiça e a persistência. Talvez por isso, Sarney retorne agora aos trabalhos do Senado com aquele sorriso de menino de quase oitenta anos, satisfeitíssimo com a vida e sempre extremamente educado e paciente com todos os funcionários.

Said Barbosa Dib é historiador e analista político em Brasília

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Aconteceu...merece comentário.

Hipócritas

Considero um absurdo e o cúmulo da hipocrisia e da covardia que Agaciel Maia seja culpado por todos os males do Senado Federal. O ex-diretor-geral da Câmara Alta é um servidor graduado que ocupou a função durante diversas Mesas Diretoras. Jamais tomou decisões administrativas sem o conhecimento dos senadores, sobretudo os ocupantes de cargos na Mesa, como presidente, primeiro vice-presidente, primeiro-secretário, etc. Nesta linha, Agaciel seguramente atendeu milhares de pedidos de senadores. Senadores que agora se omitem, se escondem, dizem com o maior cinismo que não têm nada com isso. São todos santos, acabarão canonizados pelo Vaticano. Agaciel Maia foi diretor-geral com vários senadores ocupando a presidência do senado, como Humberto Lucena, Mauro Benevides, Antônio Carlos Magalhães, Jader Barbalho, Renan Calheiros, etc. Se Agaciel Maia tomou medidas administrativas erradas, garanto que teve o aval dos senadores. Não me venham agora com lero-lero, com conversa fiada para boi dormir. A corda não pode arrebentar apenas no lado de Agaciel Maia. As vestais grávidas só faltam culpar Agaciel Maia pelas enchentes que têm assolado São Paulo, ou pelos conflitos sem trégua entre arábes e judeus no Oriente Médio. Francamente.

Leitor idiota

Discordo enfaticamente do leitor Amadeu Rego Calado(deveria fazer jus ao sobrenome), que na seção "Voz do Leitor" insultou Brasília e os brasilienses. O idiota deveria saber que corrupção não é invenção da capital federal. Os ladrões engravatados estão em todo lugar. Inclusive em São João do Meriti, cidade do beócio Amadeu. Não sei quem a vestal Amadeu pretende enganar. O trêfego Amadeu seguramente não gostaria que eu sugerisse trocar São João de Meriti para São João das Meretrizes.

Neguinho da Beija-Flor é otário

Concordo e endosso com a indignação da Maria Lúcia de Dantas Leão. A meu ver, e protestei imediatamente, foi um absurdo pagar uma escola-de-samba carioca para divulgar Brasília. Era preferível ajudar o combalido carnaval daqui, ou, então, destinar os milhões gastos com escolas, hospitais, etc. Resultado, a Beija-Flor apresentou um carnaval e um enrêdo medíocres, e, ainda, temos que ouvir imbecilidades de vermes como Neguinho da Beija Flor contra os brasilienses. Saiba o bobão do Neguinho que corrupção não é privilégio da Capital da República. Ladrões engravatados tem inclusive, e bastante, no meu querido Rio de Janeiro. O tema cansa minha beleza. Meu tempo é precioso. Quem diz o que não deve, ouve o que não quer.

Mensagem ao Ancelmo Góes

Gostei muito da tua nota destacando as qualidades pessoais e profissionais do correto Agnaldo Timóteo. Quem dera se o mundo artístico e político contassem com mais figuras com a fibra de Agnaldo. Parabens, Limongi

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

O único pecado de Paulo Octávio foi ter se acovardado em momento decisivo

Por Said Barbosa Dib*

Lula pede ao governador em exercício, Paulo Octávio, que se sacrifique para se evitar intervenção federal...

A grande imprensa, nos últimos dias, tentou construir a idéia de que Lula não receberia Paulo Octávio. Errou feio. E isto é sintomático. Sempre que vão por um rumo especulativo, com certeza a verdade escapole por outro. Lula não só recebeu o representante de Brasília, mas fez isso acompanhado de seu staff mais importante. O PFL, ou DEMO, ao invés de defender o seu correligionário, procurou apenas desmoraliza-lo, como se Paulo Octávio fosse um Arruda da vida e talvez, sempre com os rabos presos, temerosos de que as atenções se voltassem contra eles pelo país afora. Aliás, nada melhor para PO do que ser expulso do PFL. Isto só lhe dá maior credibilidade. Mas o governador em exercício de Brasília acabou sendo recebido por Lula. Diante do óbvio incômodo de uma intervenção da União no DF, em pleno ano eleitoral e com a possibilidade de temas que exigirão reformas constitucionais, tudo indica que Lula – apesar de ter que negar oficialmente – pediu, sim, o sacrifício de PO para que se mantenha no governo do DF neste momento de crise. A idéia é de que, se tiver que haver intervenção, que seja decorrente da decisão do STF, que se espera para a próxima semana, não de uma decisão unilateral do presidente. Uma avaliação óbvia. Por outro lado, todos sabem que Paulo Octávio há muito tem ótima relação pessoal com Lula e que não tem exatamente o perfil de corruptos como Arruda e Cia. Lula sabe que PO não pertence àquela gang. Tem, obviamente, acesso às informações da PF e da ABIN. Sabe do que acontece. Se houvesse qualquer coisa contra PO, não o teria nem recebido.
O presidente sabe, ainda, que o ex-deputado e ex-senador é um homem rico, um empresário de sucesso, um empreendedor que gera empregos, com patrimônio material e espiritual suficiente para não se corromper por dinheiro sujo em cuecas. Tem o que perder. Seu único pecado foi ter se acovardado diante das pesquisas manipuladas e ter aceitado ser o vice do então “companheiro” de partido, o eterno chorão hipócrita Arruda.

Uma imposição indevida, como se sabe, do Diretório Nacional do PFL. Para quem não se lembra, em 2006 Arruda se lançou pré-candidato ao governo do Distrito Federal pelo PFL. Teve que enfrentar dois empecilhos ao seu projeto de chegar ao Buriti. Por um lado, a vontade do ex-governador Joaquim Roriz, que há muito não confiava no chorão e queria lançar como candidata à reeleição a governadora em exercício, Maria de Lourdes Abadia. A outra dificuldade era o então senador Paulo Octávio, que também tinha grandes possibilidades junto à população. Através de uma intervenção indevida e espertalhona do Diretório Nacional, articulada pelo então presidente do PFL, Jorge Bornhausen, o partido no DF foi obrigado a romper com a base de Roriz, acabando por lançar uma chapa dita “puro sangue", em que Arruda era o candidato ao governo e Paulo Octávio, muito tímido politicamente, teve que se contentar em ser apenas o vice. O acordo era que Arruda se comprometia em não se candidatar à reeleição em 2010. Promessa que todos sabiam que não cumpriria. Só o ingênuo Paulo Octávio caia na balela . Depois, com Arruda já eleito, o único governador do decadente PFL, foi de Borhausem a pressão para infestar o secretariado do GDF com figurinhas corruptas e estranhas ao cenário político local – e desempregadas e sem votos - do DEMO, como Cássio Taniguchi e Cia.
Ao longo de 2009, Arruda já não escondia de ninguém que seria novamente candidato. Desde então, as relações de PO e Arruda, que já não eram nada boas, se tornaram insuportáveis. Paulo Octávio nunca foi da turma do governador e do seu núcleo corrupto de poder, fato que o legitima hoje. Nos últimos tempos, para quem conhece PO, o vice-governador não podia nem ouvir falar de Arruda.
Mas, o importante dessa história toda é que a máfia do DEMO em Brasília foi finalmente desbaratada. Não há nenhuma imagem ou prova concreta de que PO estaria metido na sujeira. Há apenas um assessor espertalhão se utilizando de seu nome, coisa que pode acontecer com qualquer político. Prova mesmo... nada! Se tivesse culpa no cartório, com certeza Paulo Octávio iria querer tirar o seu da reta. Iria fugir dos holofotes e não iria atender ao pedido de Lula para que permanecesse no centro da crise em nome da governabilidade e da tranqüilidade das próximas eleições. Iria querer preservar seus negócios empresariais diante da possibilidade de uma devassa. A verdade é que, renúncia, em momento de grave crise, é atestado de culpa. É coisa de quem deve algo, de quem tem culpa no cartório. Deixando bem claro que não será candidato a governador e se sacrificando até que o Supremo tome uma decisão, PO tem tudo para ter o reconhecimento dos cidadãos do DF e talvez, quem sabe, ser candidato a governador em 2014. Só tem que ser um pouco mais cauteloso com as companhias, escolher um partido menos ruim e, claro!, ter um pouco mais de coragem. Coragem e convicção não fazem mal a ninguém.

*Historiador e analista político em Brasília

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Um bom papo sobre política...


Vicente Limongi Netto:

"Creio que Ciro Gomes joga certo o jogo presidencial. É preciso mostrar que tem cérebro nas decisões. Ciro se mantendo na disputa, amplia seu leque pessoal de barganha e tira do anonimato o partido dele, que, na verdade, não sei nem qual é. Agora, pingentes políticos correligionários de Ciro aparecem no noticiário, botando banca e exigindo mundos e fundos. Os bestalhões de sempre. Reféns dos holofotes fáceis. Ciro sabe que nos próximos meses terá que decidir; fica no jogo ou se afasta para ajudar mais a candidata Dilma. Ciro também tem consciência que com Dilma vencedora, dificilmente deixará de ser ministro, se credenciando para novos embates. Ajudando a vencer Serra, Ciro crescerá muito junto à eleita Dilma e a Lula. Dilma, por sua vez, tratará o Ceará a pão-de-ló”.

Comentário de Helio Fernandes:
Não há dúvida, Limongi, só restou ao Ciro a possibilidade e a esperança de apostar no futuro. Tendo sido prefeito e governador no Ceará, ficou sem expectativa lá, mudou o domicílio para São Paulo. Mas como eu disse sempre: marquetismo, que faturou alto, e não candidatura para valer.
Se tivesse cacife eleitoral no Ceará, disputaria uma vaga no Senado, 8 anos de mandato, que maravilha viver. Indo para São Paulo, eleitoralmente ainda mais desfavorável, só restou essa hipótese de “ajudar” Dona Dilma, o que ninguém consegue entender. Mas foi o que sobrou.
Terminando, Limongi: tudo isso, essas opções só podem ser lembradas, imaginadas, jogadas, por causa da idade dele. Se tivesse a idade, digamos, do Serra, nem opção nem esperança.
Serra hoje, tem mais 16 anos do que Ciro. E como este já foi Ministro da Fazenda, quem sabe não repete o cargo com Dona Dilma? Embora esta sonhe com Delfim Netto para o cargo.
Só que desistirá desse Delfim, tomando conhecimento de três coisas.

1 – Lendo seu registro de nascimento.

2 – O espantoso empréstimo para a construção da Ponte Rio-Niterói, com juros que até os ingleses (emprestadores) se envergonhavam.

3 – O Relatório Saraiva, (feito pelo Coronel do mesmo nome) montado quando Delfim era embaixador na França (na época, revelado por este repórter com exclusividade).

De olho no que acontece...

Barangas de Dunga

Para o habitualmente correto colunista Fernando Calazans, de “O Globo”: Parabéns, tens razão. As barangas do Dunga não sabem fazer jogadas que Ronaldo Gaúcho sabe. Gerson, Tostão, Rivelino, etc, que sabiam fazer tudo e muito mais que Ronaldo, seguramente adoraram tua análise. Só Dunga não enxerga, Abraços, Limongi, que ainda faz um pouco do que Ronaldo faz e Gerson fazia com rigorosa maestria.

Desabafo

Não acredito que a família do honrado e respeitado Ernesto Silva aceite homenagens póstumas da desmoralizada Câmara Distrital. Francamente!

Letrinhas das latrinas

Para o sempre fantasiado Ancelmo Goes, de “O Globo”: Bloco carioca “vem cá me dá” deve ser só de baitolas. Lula e Collor não vão nem dormir por causa da letrinha infame e burra deles.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Eleições 2010

“Eu estarei no segundo turno”, afirma Geddel Vieira Lima

Leandro Mazzini , Jornal do Brasil

Geddel Vieira Lima não tem meio termo para falar de política. Desanca o governo da Bahia e chama de factóide o anúncio de uma ponte ligando Salvador a Itaparica, apesar da situação delicada que o mantém na esfera federal aliado do presidente Lula e, na terra natal, agora adversário ferrenho do governador Jaques Wagner. Nesta entrevista ao JB, o ministro da Integração Nacional reforça que será mesmo candidato ao governo pelo PMDB, já elabora o programa, diz que volta à Câmara como deputado para arrumar a campanha e que conversa com PRTB, PTB, PSC para uma coalizão.

O senhor hoje é ministro da Integração Nacional, aliado do presidente Lula. E do governo da Bahia?

Não. Sou aliado do presidente Lula e o PMDB deixou de ser aliado do governo do estado quando identificou que os compromissos político-administrativos que nos embalou nos sonhos de mudanças na Bahia, em 2006, não estavam sendo cumpridos. Entregamos os cargos, demonstramos que o PMDB da Bahia não tem nada de fisiológico; não no discurso, na prática. Foi antes, inclusive, do prazo eleitoral, para mostrar que a nossa postura era política, não era oportunista.

O governador Jaques Wagner, pelo que se tem notícia, mantém a mesma linha de governo desde o início. Por que só agora o PMDB, às vésperas da eleição, saiu?

Não foi às vésperas da eleição. Essa decisão foi tomada em agosto. Às vésperas da eleição a atitude quem tomou foi o PT da Bahia, que conseguiu obter mais cargos do prefeito João Henrique, do PMDB, em outubro de 2005. Quando chegou abril de 2006, às vésperas da eleição, deixaram o governo com críticas e partir para uma candidatura própria. Nós, não. Vínhamos alertando publicamente que o governo não estava nos rumos que gostaríamos. Chegamos a entregar ao governador do estado um documento apontando alguns avanços e o que estava equivocado naquelas áreas em que cumpria ao PMDB administrar. Não recebemos resposta. A partir daí, é legítimo que os partidos se posicionem, oferecendo alternativas à Bahia.

Salvador não perde com essa disputa política, tendo a prefeitura do PMDB e o governo do PT? Por quê? Alguém vai retaliar a cidade por questões políticas? Isso não acontece?

Não. O presidente tem deixado claro que, independentemente de posições políticas, vai atender a todos. Eu tenho visto governos de oposição, por terem projetos e avanço, conseguir arrancar mais para seus estados do que a Bahia. O que a prefeitura de Salvador está recebendo hoje, do governo do estado, é exatamente o mesmo que tinha quando era aliado: nada.

E obras de parceria?

Não tinha antes. Tudo que tem hoje, na Bahia, seja em Salvador, ou no estado, 98% são do governo federal.

A situação seria melhor se os partidos fossem aliados, como no Rio, por exemplo?

Partidos são aliados a nível nacional e tudo está acontecendo. O que tem em Salvador, hoje, é exatamente o mesmo que tinha quando os partidos eram aliados – absolutamente nada. A questão política não pode se confundir com a questão administrativa. Não há mais espaço, hoje, para essa doutrina de que você precisa ter alinhamento geral. Senão não vai haver posições divergentes.

O senhor é candidato ao governo do estado?

Sou candidato ao governo do estado da Bahia.

E sua relação com o governador Jaques Wagner?

Não tenho tido encontros com o governador Jaques Wagner, mas quando, eventualmente, o encontro, é como pessoa civilizada. O governador, nas circunstâncias da política, nos colocou como adversários. De minha parte, não sou inimigo.

Desde quando vocês são adversários?

Desde que o PMDB deixou o governo dele, em agosto. Não tive mais conversa política com o governador Jaques Wagner.

Não houve nenhum sinal do PT ou do governador para uma aproximação?

Nem eu o procurei nem ele me procurou. Estamos discutindo projetos para a Bahia.

O presidente Lula sugeriu alguma coisa?

Não conversei com o presidente sobre esse tema. O presidente não me sugeriu nada.

O PT e o PMDB devem se alinhar a nível nacional. A Bahia pode ser uma exceção. O senhor seria então o palanque da oposição?

Não. Eu tenho dito desde sempre que defendo a preservação do projeto nacional do presidente Lula. Que na Bahia pode se repetir o que já ocorreu no passado no Pará, em Pernambuco: palanques duplos onde a divergência estadual seja explicitada, mas que o apoio nacional seja público. Essa é a posição que tenho defendido e é nessa linha que estou trabalhando. Essa linha só não se realizaria se o PT dissesse que não quer, que não deseja nosso apoio, que nos hostiliza. Vou trabalhar até o meu limite nessa direção.

Leia a entrevista completa...

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Boas notícias...

Fico feliz em saber que as pesquisas indicam que Albano Franco pode retornar ao Senado e, Hugo Napoleão, à Câmara Federal. Ambos governaram seus estados, têm experiência administrativa, sensibilidade e competência política para valorizar seus mandatos e prosseguir no trabalho pela melhoria da qualidade de vida do cidadão.

Exoneração preocupante

Seguramente, a meu ver, não ficou bem para o governo, nem para Lula ou para a candidata Dilma, e, muito menos, para a democracia, a exoneração do General de Exército, Maynard Marques. Também julgo penoso e constrangedor que oficiais das Forças Armadas sejam subordinados a um ministro civil completamente estranho no ninho. É um desaforo que o bom senso não pode tolerar.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Agenda importante

Sob a presidência do senador Fernando Collor a Comissão de Infraestrutura do Senado se reuniu pela primeira vez, em 2010 e, dentro da programação da agenda Desafio 2009-2015, marcou um ciclo de 14 audiências públicas que começam dia primeiro de março e terminam dia 7 de junho. Sempre às segundas-feiras. Dia 15 de março os temas serão Copa do mundo de 2014 no Brasil e as Olimpíadas de 2016, no Rio de Janeiro. Foram convidados o ministro dos Esportes, Orlando Silva, o presidente de honra da Fifa, João Havelange, o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, e o presidente do Comitê Olímpico Brasileiro, Carlos Nuzmann. Serão discutidas as demandas das cidades sedes da Copa, as necessidades de infraestrutura e de formação e capacitação de mão-de-obra.

Puro-mofo

Lula e seguidores adoram quando FHC abre a boca ou escreve bolorentos artiguetes. O resultado é imediato: Dilma cresce, Serra estaciona. Fica a impressão que FHC quer o lugar de Serra. Os gênios tucanos poderiam esquecer a chapa puro-sangue Serra-Aécio e formar a puro-mofo, Serra-FHC.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Jogo acertado

Creio que Ciro Gomes joga certo o jogo presidencial. É preciso mostrar que tem cérebro nas decisões. Ciro se mantendo na disputa, amplia seu leque pessoal de barganha e tira do anonimato o partido dele, que, na verdade, não sei nem qual é. Agora, pingentes políticos correligionários de Ciro aparecem no noticiário,botando banca e exigindo mundos e fundos. Os bestalhões de sempre. Refens dos holofotes fáceis. Ciro sabe que nos próximos meses terá que decidir: fica no jogo ou se afasta para ajudar mais ainda a candidata Dilma. Ciro também tem consciência que com Dilma vencedora, dificilmente deixará de ser ministro. Se credenciando para novos embates. Ajudando a vencer Serra, Ciro crescerá muito junto à eleita Dilma e a Lula. Dilma, por sua vez, tratará o Ceará a pão-de-ló.

Tostão... vá catar coquinho!!!


Acho correta a decisão de Lula de ajudar os campeões mundiais. Pessoas, em sua maioria, de origem humilde que se tornaram, através do futebol, grandes heróis nacionais. Que venha logo a ajuda prometida. Tostão é mais uma vestal grávida, como Juca kfoury e outros eternos rebotalhos da crônica esportiva. Se o próprio Tostão admite que há muitos jogadores campeões do mundo em dificuldades, porque, então, não ajudá-los logo, de forma firme, clara e efetiva? Algum dia Tostão - que tem diploma de medicina e não veio das classes mais pobres -, seja por humanidade ou mesmo por espírito cristão, já se preocupou em saber da situação pelo qual passa, por exemplo, o grande Nilton Santos? Teve algum ato de solidariedade com o colega? Moveu uma palha sequer? Se não quis ajudar, porque quer impedir que o Estado o faça? Tostão, vá catar coquinho, não amola!!

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Fortaleza está suja


A prefeitura da bela Fortaleza parece não se importar com a limpeza das ruas. O caminho que leva para a Praia do Futuro, por exemplo, é um imenso mar de lixo. Sobretudo nos terrenos baldios, já sujos por natureza. Um monte deles. Com tristes e desnecessários jumentos compondo a triste coreografia. No conhecido bairro da Aldeota, também vi o lixo jogado e acumulado em vias importantes da cidade. Montes de lixo no chão, ocupando calçadas e meio-fio. Uma tristeza. Dizem os moradores revoltados que a prefeita não cuida dos bairros da periferia. Constatei que é verdade.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Blair é um disparate

Os gaiatos engravatados estão de brincadeira com a paciência dos brasileiros. Acham que sabem tudo e nos tomam por trouxas. Só assim se explica a absurda irresponsabilidade do governo do Rio de Janeiro anunciando a contratação de Tony Blair como "consultor" para as Olimpíadas de 2016, no Brasil. Francamente. Por acaso o ex-primeiro-ministro inglês é campeão olimpico? Por qual modalidade esportiva? Tony Blair será útil em quê? Pelo jeito já se começa a jogar pelo ralo parte da colossal quantidade de recursos destinados às Olimpíadas.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

O que acontece por aí...merece comentário...

Equívoco estratégico

Creio que o marketing presidencial pisou na bola: quem deveria ter ido a Davos receber o prêmio de Estadista Global, no lugar de Lula, era a candidata Dilma Rousseff, e não o sinistro Celso Amorim.

Polo de Manaus crescendo...

O polo industrial de Manaus faturou em dezembro de 2009 2,4 bilhões de dólares, contra 1,5 bilhões de dólares no mesmo período de 2008, significando um crescimento de 55,38%. No balanço geral, o Polo de manaus fechou o ano com 25,9 bilhões de dólares, uma queda de 14,21% sobre os 30,2 bilhões de 2008. O resultado, de acordo com a superintendente da Suframa, economista Flávia Grosso, embora negativo na comparação com 2008, superou os piores cenários estimados para a zona franca de Manaus durante a crise econômica de 2009.

Questão importante...

O que fazer com um canalha que espanca uma criança de 1 ano e meio, quase matando-a? enjaula, acorrenta, joga aos leões no zoológico, ou manda para a cadeia, com direito a banho de sol e 3 refeições por dia?